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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Heineken lança Kaiser Radler para agradar 'quem não gosta de cerveja'

Com teor alcóolico baixo, de apenas 2%, a nova categoria da bebida no Brasil busca público jovem e 'geração saúde'

Naiara Infante Bertão
Kaiser Radler
A cerveja Kaiser Radler, com 60% de limão, chega ao mercado brasileiro (Divulgação )
A Heineken lançou uma nova categoria de cerveja nesta quarta-feira: a Kaiser Radler, com 60% de suco de limão. A empresa não abre a estratégia, mas o produto menos alcoólico e com gosto de limonada revela, nas entrelinhas, que mira os jovens que não apreciam o gosto da cerveja ou a acham muito forte e enjoativa. A bebida tem teor alcoólico de apenas 2% - menos da metade do porcentual encontrado numa uma cerveja pielsen.
A diretora de marcas da Heineken Brasil, Mariana Stanisci, afirmou que o público da Kaiser Radler não tem a ver com faixa etária, mas admitiu que é mais fácil atingir pessoas mais jovens, que têm uma propensão maior a testar novos produtos. "O público-alvo é quem busca frescor, pessoas que têm vida ativa e que estão abertas a novas experiências de sabor”, disse.
A campanha publicitária da nova cerveja, feita pela agência Talent, terá a participação do apresentador Marcelo Tas, que já havia sido garoto-propaganda da Kaiser recentemente, quando a empresa lançou o barril de pressão de 4 litros. As peças publicitárias só serão conhecidas em dezembro e a campanha irá ao ar em janeiro - propositalmente no início do verão, clima propício para a venda de bebidas frias.
A empresa também não quer ligar diretamente a Kaiser Radler à imagem de esportistas, apesar de o próprio nome significar 'ciclista' em alemão. Contudo, o próprio vídeo institucional do lançamento, apresentado à imprensa nesta quarta-feira, faz alusão ao ar livre, esportes e ciclismo, o que leva a crer que mesmo indiretamente, a Heineken quer abrir um canal de comunicação com a "geração saúde" que a cada dia ganha mais adeptos no país e busca uma alimentação mais equilibrada.
A bebida, oferecida nas versões long neck e lata, já está sendo comercializada no Brasil em supermercados, bares e lojas de conveniência.
A empresa não tem preço sugerido para o produto, mas o valor deve estar entre 1,30 real (preço da Kaiser tradicional) e 2,50 (valor cobrado por uma unidade Heineken em supermercados). “É um produto premium e escolhemos a Kaiser para estampar a Randler brasileira pelo seu tamanho – quinta maior marca em volume da Heineken – e potencial”, explicou Mariana Stanisci.
Expansão - Segundo Nuno Teles, vice-presidente de marketing da Heineken Brasil, até o fim de 2014 a versão Radler será lançada em mais 44 países. Desde 2007, quando a primeira cerveja da Heineken do tipo foi lançada na Áustria (Gösser Natur Radle), a categoria já é comercializada em 29 países e responde por 10% do volume de cerveja produzido pela cervejaria. Entre as mais famosas estão Amstel (Holanda, Grécia e Espanha), Maes (Bélgica), Calanda (Suíça) Dreher (Itália), Sagres (Portugal), Pelforth (França), Fosters (Inglaterra e Finlândia) e Primus (Congo).
A versão brasileira da Radler contou com algumas mudanças em relação à europeia, como o limão: por aqui está sendo usado o limão Taiti e não o siciliano, como é usual em outros países. A primeira fábrica a produzir a cerveja é a de Araraquara, SP, mas outras devem se adaptar no próximo ano. A empresa não quis comentar os investimentos do lançamento da marca no Brasil.

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