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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estátua da Liberdade e turistas viram vítimas da paralisia nos EUA

Alternativa é fazer um cruzeiro de uma hora e ver monumento de longe

AFP
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Os turistas expressaram sua frustração nesta terça-feira com o fechamento da Estátua da Liberdade, em Nova York, a vítima mais simbólica do fechamento parcial do governo federal dos Estados Unidos.
A Liberty Island, ilha na qual está erguida a estátua e que faz parte dos parques nacionais, deve permanecer fechada durante todo o dia.
 
Dezenas de funcionários de barcos de passeio de foram mobilizados para lidar, com infinita paciência e em todas as línguas, com a frustração de turistas perplexos.
 
"Nada de estátua hoje, ninguém irá para a ilha. O Governo está fechado. Mas você pode fazer um passeio de uma hora pela baía e verá (de longe) a Estátua da Liberdade, Brooklyn Bridge, Ground Zero... ", o local dos ataques de 11 de setembro, diz Brian Fahey, um dos empregados da "Statue Cruises" presente no cais em Battery Park, em Manhattan.
 
Ao redor, grandes placas repetem a mesma informação. "O governo está fechado temporariamente, assim como a Estátua da Liberdade e Ellis Island. Você pode optar por nosso passeio de uma hora" pela baía de Nova York.
 
"Cheguei ontem de Seattle (noroeste dos Estados Unidos), comprei o meu bilhete ontem pela internet, eles poderiam ter avisado ou suspendido a venda", criticou Shriram Parameswaran, um engenheiro de 26 anos de origem indiana, que admite "não ter ideia" das razões políticas para o fechamento do monumento. Ele quer ser reembolsado e não está interessado no passeio de barco.
 
Stefan Neuhaus, um aposentado que veio com a esposa de Berlim, está frustrado mas, com o nariz enfiado em seu guia turístico, busca um novo plano para este lindo dia de outono. "Estava muito feliz. Tinha reservado o dia para visitar a coroa (da estátua). Minha reserva está perdida, não há espaço antes de novembro e nós teremos ido embora".
 
"Estou com raiva", diz. "Mas é um problema maior ainda para os funcionários públicos, que não têm mais trabalho", acrescenta. Isso também mostra que o sistema político americano é "muito ruim. A oposição tem um poder muito forte."
 
Michael Mueller, um aposentado, veio do Arizona com sua esposa Bea. Eles prepararam sua viagem há seis meses e ela não conseguiu segurar as lágrimas.
 
"A Estátua da Liberdade é o símbolo do América. Simboliza a liberdade, a possibilidade de trabalho, um governo em que podemos confiar". Deveria ser, segundo ela, a última coisa a ser fechada.
 
Seu marido diz estar "totalmente decepcionado com um poder executivo que não pode se entender com o Congresso. Eles não vão conseguir nada", ressalta. "É hora de fazer o seu trabalho". Ao longo das horas, o fluxo de turistas cresce, a incompreensão também.
 
8.000 visitantes por dia
 
Os funcionários explicam repetidas vezes, em inglês, espanhol, italiano. "Eu li tudo sobre a estátua, sempre quis visitá-la. Vim para Seattle e ela está fechada!", indignou-se Michael Hines, de 47 anos, culpando os republicanos.
 
Um funcionário que se recusa a dar seu nome, diz que está feliz por ter um emprego. "Todos os que trabalham na ilha, nas lojas, foram todos suspensos", explica.
 
Nesta temporada, explica Brian Fahey, cerca de 8.000 pessoas visitam em média a cada dia a Estátua da Liberdade, um dos monumentos mais visitados nos Estados Unidos. Ninguém sabe quando a Lady Liberty, que permaneceu fechada por oito meses após o furacão Sandy, em outubro de 2012, será novamente aberta.
 
"É uma pena, é falta de sorte", comenta um casal francês de Aurillac. "Mas, felizmente, há muitas outras coisas para fazer".
 

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