Responsável pela descoberta de 108 espécies, Estação Científica Ferreira Penna, no Pará, completa 20 anos como a maior especialista na floresta
Ana Carolina NunesA cidade de Melgaço, no Pará, recentemente ficou conhecida no País por “conquistar” a última posição no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Mas a cidade mais pobre do País, em que metade da população de 24 mil habitantes é analfabeta, abriga um valioso tesouro, de fama internacional, pelo menos na área da ciência e do meio ambiente. É a Estação Científica Ferreira Penna, que fica isolada no meio dos 330 mil hectares da Floresta Nacional do Caxiuanã, unidade de conservação nacional que integra a Amazônia Legal.
Ter como escritório parte da maior floresta tropical do mundo e um dos mais ricos biomas do planeta garante amplas possibilidades nas mais diversas áreas de pesquisa, inclusive de ciências humanas. “Mais de 100 projetos científicos foram ou estão em desenvolvimento aqui, nas áreas de botânica, zoologia, arqueologia, ciências da terra e ciências humanas”, conta a coordenadora da Estação Científica, Maria das Graças Ferraz Bezerra.
Atualmente, a Estação hospeda três grandes projetos de monitoramento e conservação do ambiente florestal, como o estudo da seca na floresta, pesquisa da biodiversidade do bioma da Amazônia e avaliação da dinâmica florestal incluindo a relação dela com as mudanças climáticas.
No aniversário de 20 anos da Estação, foi realizado o seminário ‘Biodiversidade, Inovação e Sustentabilidade-Amazônia e Reino Unido, experiências e oportunidade’, mostrando aos britânicos que eles tiveram um dos melhores retornos sobre o investimento que um financiador pode ter. É para inglês ver, se orgulhar e replicar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário