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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Bancários e Fenaban fazem acordo para acabar greve

Após 22 dias, categoria aceitou propostas de reajuste e para compensar dias parados. Assembleias a partir desta sexta em SP, RJ e PE decidem fim da greve

Agência fechada durante greve dos bancários, no Rio de Janeiro
Agência fechada durante greve dos bancários, no Rio de Janeiro (Reuters)
Após 17 horas de negociação, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo na madrugada desta sexta-feira para por fim à greve da categoria, que completou 22 dias. Na tarde desta sexta, assembleias sindicais em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco devem decidir pelo fim da paralisação – nos demais estados, a categoria decide sobre a questão até a próxima terça-feira, segundo a  Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Os bancos já haviam melhorado a proposta de reajuste, mas um impasse sobre a compensação dos dias parados impedia o acordo, que só ocorreu após ficar acertado que a compensação será feita até 15 de dezembro, no máximo uma hora por dia. O reajuste dos salários será de 8%, com ganho real de 1,82% – no início da campanha,  a categoria pediu 11,93% de aumento. Já o piso inicial dos bancários, atualmente de 1 519 reais, receberá uma correção de 8,5%. Descontada a inflação, a reposição chega a 2,29%. O salário médio da categoria é de 4 740 reais.
Na tarde desta quinta-feira, um acordo quase foi fechado entre as partes, mas a Fenaban havia proposto estender o período de compensação dos dias parados durante a greve para 180 dias. A categoria não aceitou a proposta e a reunião foi paralisada por quase 10 horas. Durante a madrugada desta sexta, as partes voltaram a se reunir e acertaram o compromisso sobre a compensação dos dias parados.
Assembleias – Em São Paulo, a categoria se reúne nesta sexta, a partir das 17 horas, para decidir se continua ou põe fim à greve. A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, disse que vai indicar a aprovação da proposta feita pelos bancos. "O aumento real de 1,82% é maior do que a média dos aumentos reais dos bancários desde 2004. Com isso, em 10 anos iremos acumular 18,33% de ganho real nos salários e 38,7% nos pisos. O comando avalia que a proposta tem avanços nas principais reivindicações dos bancários", afirmou.
Caso a proposta seja aceita pelo sindicato paulista, as agências bancárias irão reabrir na próxima segunda-feira. Os demais estados devem decidir voltar às atividades, após as assembleias, no máximo até o meio da próxima semana. Até lá, a paralisação pode continuar nesses locais.
Em greve há mais de três semanas, os bancários tiveram a adesão de call centers e centros administrativos. Além disso, cerca de 11 748 agências e dependências estão fechadas em todo o país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Em São Paulo e Osasco, de acordo com sindicato regional, 43 000 trabalhadores do setor estão parados e 558 locais de trabalho suspenderam as atividades.
(Com Estadão Conteúdo)

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