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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Atletas de ponta entram na carreira militar para defender Brasil em mundial da categoria

O esporte nacional veste o uniforme das Forças Armadas e garante ouro aos atletas. As jogadoras de futebol medalhistas de prata nas

Olimpíadas de Pequim, a capitã Tânia Maranhão, 35, e a meio de campo Maycon, 33, são agora marinheiras da

Marinha do Brasil. Trata-se de um feito inédito que já rendeu ao Brasil o bicampeonato mundial conquistado em 2009 em Biloxi, no estado de Mississipi (Estados Unidos) e repetindo a mesma façanha este ano, em Cherburg, na França.

Essa é uma das diretrizes estratégicas adotadas pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério do Esporte para que o Brasil mostre seu potencial nos V Jogos Mundiais Militares que acontecerão em 2011, no Rio de Janeiro, capital. Vários atletas de ponta foram convocados por meio de editais.

“É uma experiência totalmente nova em minha vida. Ser Bolsista da Bolsa Atleta e ainda estar nas Forças Armadas é um grande orgulho. O clima aqui é de muita harmonia e recebemos no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), na Avenida Brasil, o tratamento que merecemos”, revela orgulhosa a marinheira Tânia Maranhão.

]“Não mexa comigo, porque agora eu sou da lei”, brinca a marinheira Maycon. Ela é natural do estado de Santa Catarina e vive em São Paulo. Ao ingressar na carreira militar, mora a bordo, ou seja, no próprio quartel. “Eu e Tânia fizemos o curso de formação militar. A disciplina me deixou mais paciente, e os treinamentos daqui dão uma ajuda que veio do céu’, disse

Ingresso - As condições de admissão foram dadas de acordo com o ranking do atleta. Na Marinha, por exemplo, os convocados foram incorporados como Praças de 2ª Classe da Reserva (RM2) – área de treinamento físico militar. No Exército, os atletas foram incorporados como Sargento Técnico Temporário, no campo do desporto de alto rendimento. Eles passam a receber vencimentos compostos por soldos mais vantagens. Os valores são de R$ 1,5 mil para marinheiro e R$ 2,8 mil para 3º sargento do Exército.

Atualmente, a comitiva brasileira militar trabalha com cerca de 600 atletas. De acordo com o almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB) e diretor da Secretaria-Executiva dos Jogos, os atletas têm a representatividade das três forças.

“Duzentos e dez atletas são do Exército, 292 estão na Marinha e 73 na Aeronáutica. No caso da Aeronáutica todos os atletas são profissionais de carreira, ao contrário o Exercito e da Marinha que contam com atletas militares e esportistas convocados”, explica Gambôa.

Os Jogos Mundiais Militares acontecem em 2011 no Rio de Janeiro capital. A competição contará com 37 modalidades de 20 esportes, como vôlei, natação, triatlo, pentatlo militar, hipismo e paraquedismo, nas instalações construídas para o Pan 2007, como o Engenhão, o Complexo Esportivo de Deodoro e o Maracanãzinho, e em três vilas militares erguidas nas unidades da Marinha em Campo Grande (RJ) e nos bairros cariocas de Deodoro (Exército) e Sulacap (Aeronáutica).


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