
Cerca de 95% das importações e exportações do país, valor que equivale a US$ 350 bilhões, fluem pelo mar, por isso precisamos de meios para defender esses interesses revelou o oficial.
Além disso, lembra ele, utilizando a guerra das Malvinas como exemplo, que um único submarino britânico foi capaz de manter toda a Marinha argentina atracada. O contra-almirante conta que uma das grandes vantagens do submarino é sua capacidade de passar despercebido. Nos modelos convencionais, essa característica é prejudi cada pelo sistema de geração de energia, que usa um motor a diesel. Para que o motor a diesel funcione, é preciso oxigênio.
Discrição Assim, quando é necessário recarregar as baterias, o submarino sobe até uma profundidade onde o snorkel, o tubo por onde o ar entra, possa chegar até a superfície.
Isso diminui a capacidade de se esconder de navios inimigos confirma Casaes Júnior, acrescentando que, além disso, a energia armazenada é limitada. Se precisasse mover-se a toda velocidade, a carga só duraria meia hora.
Já em um submarino nuclear, a energia é gerada por um reator, que não necessita de ar. No caso do projeto brasileiro, ele seria um modelo de água pressurizada (PWR, na sigla em inglês), no qual a água sob pressão é aquecida pela fissão e o vapor produzido move duas turbinas, que geram eletricidade para o submarino como um todo e para o motor. Isso não apenas prejudipossibilita um funcionamento contínuo da embarcação, como também permite maior velocidade de deslocamento.
Enquanto um submarino convencional leva uma semana do Rio de Janeiro até Salvador, a versão nuclear faz o percurso em um dia exemplificou o oficial.
Ele ressaltou, porém, que os convencionais ainda são relevantes, pois têm aplicações táticas distintas e complementam os nucleares.
O projeto começou em 1979 e foi responsável por alavancar o conhecimento brasileiro do ciclo nuclear, que envolve a extração e o beneficiamento do urânio (yellow cake ou bolo amarelo), a conversão em gás hexafluoreto, o enriquecimento, a reconversão em sólido e a criação das pastilhas de combustível.
O submarino deve estar pronto em 2023, mas apenas em 2025 os testes estarão completos Acordo com a França Já tendo dominado o ciclo do combustível e o processo de construção desse tipo de embarcação, faltava ao Brasil a tecnologia de projeto. Em outras palavras, não se sabia como projetar um submarino nuclear.
Isso foi solucionado por meio de um acordo com a França, assinado em 23 de outubro do ano passado.
As metas desse plano incluem a construção de quatro submarinos convencionais modelo Scorpène, incluindo transferência de tecnologia; um núcleo de 25 engenheiros brasileiros que serão treinados na França e acompanhados pelos franceses, tanto lá quanto ao longo do projeto no Brasil; auxílio na construção do submarino nuclear, bem como no do estaleiro e base necessários para essa embarcação; e 30 torpedos modelo Black Shark que seriam o principal armamento.
Paralelamente, a Marinha continua

Críticas De acordo com Casaes Júnior, houve muita crítica quanto ao acordo, em especial em relação ao submarino Scorpène, que estaria ultrapassado.
É preciso perceber que muita da publicidade negativa foi instigada pelos alemães, que eram os principais concorrentes dos franceses. Além disso, fizemos contato com a Marinha chilena, que já usa esse modelo, e eles nos asseguraram de sua eficiência declarou o contra-almirante.
Ele informou que o custo do acordo foi de 6,5 bilhões de euros, cerca de R$ 15 bilhões, sendo 2 bilhões de euros de responsabilidade do Tesouro Nacional e o resto coberto por uma linha de crédito.
Esse valor equivale à metade do trem bala que ligará o Rio a São Paulo, mas o ganho tecnológico é muito superior afirmou, concluindo que o submarino deve estar pronto em 2023, embora apenas em 2025 todos os testes estarão completos.
fico contente que o brasil caminhe pra dominar os níveis superior das tecnologias nuclear
ResponderExcluir---gostaria de sugerir o posicionamento do reator em um local possivelmente neutro do submarino na cauda ou próximo ao sonar e a possibilidade de descarte do núcleo em um evo-luco em alto mar.
----duvida o deslocamento poderia coo-prometer o projeto de flutuabilidade.
---retirando núcleo do meio livrara em muito possível comprometimento total do equipamento