O Chile deve começar nesta segunda-feira a operação de resgate dos 33 mineiros presos há 25 dias, com a perfuração de um duto pelo qual eles serão levados à superfície. Os próprios mineiros também participam dos trabalhos de resgate.
Em uma primeira etapa, eles enviaram à superfície informação topográfica sobre o ponto onde será feita a perfuração. Depois, devem ajudar a remover o material da escavação. O resgate final, previsto para daqui três ou quatro meses, será feito durante a noite e terá duração total de três ou quatro dias, já que o processo de retirada de cada mineiro deve levar uma média de duas horas.
A operação estava prevista para começar no fim de semana, mas foi adiada porque um dos motores da escavadeira Strata 950 não tinha chegado. A máquina deve cavar um túnel de 38 centímetros de diâmetro, que depois será ampliado para cerca de 70 centímetros, por onde serão resgatadas as vítimas.
OPERAÇÃO
A perfuração por cerca de 700 metros de pedras e terra deve durar no mínimo até novembro, enquanto os mineiros sobrevivem com alimentos e outros suprimentos enviados por um "cordão umbilical", um duto de cerca de 16 centímetros de diâmetro.O engenheiro responsável pela operação, André Sougarret, disse neste domingo que a chaminé que será cavada até o refúgio onde estão os mineiros descerá 702 metros em linha reta.
Nesta semana, uma equipe de quatro pessoas da Nasa, a agência espacial americana, deve chegar ao Chile para ajudar no apoio psicológico e na saúde comportamental dos mineiros. Segundo o líder da missão, Michael Duncan, a Nasa tem um longo histórico em lidar com ambientes isolados e não há muita diferença entre a experiência no espaço e sob a terra.
O ministro de Saúde do Chile, Jaime Manalich, disse que um médico, um nutricionista, um psicólogo e um especialista em logística da Nasa devem permanecer de quarta-feira à sexta-feira na mina para ajudar.
"Eu não imagino, como eu vi em um quadrinho em um jornal, que a Nasa vai instaurar uma área sem oxigênio e sem gravidade na qual os mineiros vão ficar flutuando. Mas nunca se sabe", brincou Manalich.
PLANO B
Nos próximos dias, é esperada uma segunda máquina para começar um plano alternativo.
Segundo o ministro da Mineração, Laurence Golborne, o chamado "plano B" seria aproveitar um duto que já atinge uma oficina da mina, a 600 metros sob a superfície, que precisaria ser ampliado para a retirada dos homens, no prazo estimado de dois meses.
Os mineiros poderiam chegar com facilidade à oficina, já que o acesso não sofreu danos no desabamento de 5 de agosto passado, quando o grupo ficou preso. Pelo túnel da mina, construído de forma helicoidal, a oficina está a cerca de 300 metros do local onde se encontram os mineiros.
"A ideia é gerar um "Plano B" por intermédio de nossas sondas, as Scram T 130. Podemos abrir o duto que já existe com uma máquina de maior diâmetro e de última geração", explicou o gerente da Geotec Walter Herrera, também envolvido nos planos alternativos.
"Os prazos são absolutamente estimativas, mas acredito em dois meses", acrescentou. "Inicialmente, abrimos para cerca de 30 cm (de diâmetro) e, posteriormente, para cerca de 70 cm".
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