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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Militares partem de RR para o Haiti

Mais de 800 militares do Exército Brasileiro passam por Roraima para a troca de contingente que ocorre a cada seis meses no Haiti. O país foi devastado em 12 de janeiro por um forte terremoto, deixando milhares de mortos e desabrigados. Ontem a quinta aeronave aterrissou na Base Aérea de Boa Vista, com mais 130 homens que seguem hoje para o país que recebe ajuda humanitária.
O Brasil foi um dos primeiros países que iniciou as ações, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), para reconstruir o país devastado pelo terremoto. Além de engenheiros, médicos e outros profissionais, os militares fazem a segurança da população na distribuição de alimentos e também dos sete mil brasileiros voluntários.
Os militares chegaram às 17h30 (horário local) desta sexta-feira e foram encaminhados para pernoitar em Boa Vista, no 7º Batalhão de Infantaria e Selva (BIS). Segundo o coronel Delomar de Souza, oficial de Comunicação Social, da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, os militares continuam passando por Roraima até finalizar a troca, como local de apoio até a chegada ao Haiti.
“Esses militares são oriundos do Estado do Paraná e devem substituir o contingente que já cumpriu o período no país”, explicou ao destacar que os militares que chegaram nesta sexta-feira seguem no sábado para o Haiti em aeronave da Força Aérea Brasileira [FAB], levando mantimentos e equipamentos a serem usados durante a missão de paz da ONU. A troca dos soldados iniciou dia 20 de julho e segue até a substituição seja concluída.
O novo comandante-geral do Exército Brasileiro da missão de paz da ONU no país caribenho, chega neste domingo (1º) a Roraima. O coronel Delomar de Souza explicou que mais um novo grupo de soldados pousa na sexta aeronave com mais 130 militares.
“Os voos permanecem até a troca completa dos soldados da missão. Aqui eles são recebidos, onde descansam e são alimentados, para que no dia seguinte continuem a viagem até o destino que é o Haiti”, afirmou complementando que toda assistência também é dada aos soldados que participaram da missão.

TERREMOTO
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto foi considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Centenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país.
O Haiti é o país mais pobre do continente americano e ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola (ou Ilha de São Domingos), possuindo uma das duas fronteiras terrestres da região, com a República Dominicana, a leste. Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a sudoeste.

MORTE DE BRASILEIROS
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, e pelo menos 18 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Também foi confirmada a morte de uma brasileira com dupla nacionalidade, cuja identidade não foi divulgada.

BRASIL NO HAITI
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de sete mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força.
Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti. A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião.

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