Existe um órgão das
Nações Unidas chamado União Internacional das Telecomunicações (UIT) e é
ele que define, através de tratados multilaterais entre governos, as
regras da troca de comunicação entre países. Neste mês de dezembro, a
entidade se reuniu em Dubai para atualizar os tratados que atualmente
datam de 1988.
Mas países mais autoritários viram na reunião uma
oportunidade para exercer um controle sobre a internet. A desculpa, é
que, como a internet funciona por cima de uma estrutura de comunicação,
caberia à UIT estabelecer as regras com que a troca de dados
aconteceria.
Entre as propostas apresentadas, estavam as que
delegava a tutela dos domínios de internet para os governos dos países e
a que criava uma tarifa para o tráfego internacional de dados de
internet. Ou seja, todo site, grande ou pequeno, seria devedor de
tarifas para cada país que gerasse tráfego em suas páginas.
Vejam que um estudo recente da OpenNet Initiative (http://goo.gl/y56xd)
em 72 países mostrou que em pelo menos 42 deles há algum tipo de
filtragem ou censura de conteúdo. Esta semana veio a público a notícia
de que a Grande Muralha Cibernética da China, que analisa e censura todo
tráfego de dados que entra no país, ficará ainda mais fechada. E
venhamos e convenhamos: com a internet, todo governo só pensa "naquilo"
(controlar o meio de comunicação mais democrático do mundo).
Felizmente,
a coisa não proliferou. Logo de início, os Estados Unidos, Inglaterra e
Canadá recusaram-se de pronto a assinar a proposta de tratado. Eles
foram seguidos por outros 52 países. Como esta é uma situação em que ou
todos participam ou ninguém participa, o fato de alguns terem ficado de
fora torna sem efetividade o documento, mesmo que outros 89 países
tenham assinado.
A maioria dos governos do mundo - o do Brasil
inclusive, que se alinhou com o grupo dos 89 - deseja tomar a internet
da mão da sociedade civil e das empresas, onde o controle exercido é
limitado e exposto, para sua própria mão, onde as coisas poderiam
ocorrer sem uma fração da transparência atual. Não sabemos ao certo
quando será o próximo embate mundial. Mas, por aqui, sabemos que a
votação do Marco Civil da Internet está sendo "empurrada com a barriga" e
que alguns políticos sonham com a volta da censura, disfarçada como
"controle social da mídia".
Huawei 6,1" 1080p
Muita
gente olha torto para as 5,3 polegadas do meu Galaxy Note. Mas, apesar
de eu admitir que ele e o Note 2 estão no limite do que pode ser
considerado um telefone de tela grande, a Huawei pensou diferente. Ela
achou que 6,1 polegadas e uma invejável resolução de 1080p, seria
factível. O aparelho vem com um processador de quatro núcleos (de 1,8
GHz) e uma bateria de ótima duração. Custará cerca de US$480 no Japão.
Mas que trambolho!
Nielsen, Twitter e a TV
Novo índice
A
agência de medição de audiência Nielsen assinou um contrato plurianual
com o Twitter para a criação do "Nielsen Twitter TV Ranking", que deverá
criar um índice baseado na leitura do "murmurinho" que ocorre no
Twitter durante as transmissões televisivas. Os primeiros números
públicos deverão surgir na segunda metade de 2013, nos EUA. De fato, às
vezes, o número de comentários envolvendo programas de TV é tão alto que
toma toda a sua "timeline". O desafio será conseguir filtrar os robôs
que certamente tentarão enganar o índice.
Fim de uma era
Não
é de hoje que a octogenária revista semanal norte-americana Newsweek
tem problemas financeiros. Tanto é que, em 2010, chegou ao ponto de ser
vendida por US$ 1 e houve uma fusão com o site "The Daily Beast". Agora,
ela deixa de ser impressa e passará a existir apenas em versão digital.
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