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domingo, 27 de janeiro de 2013

Tablets baratos e com Android são preferidos pelo brasileiro

Breno Baldrati
O Brasil entrou em 2012 na lista dos dez maiores mercados de tablets do mundo. No terceiro trimestre do ano passado, o aumento nas vendas foi de 127% em relação ao mesmo período de 2011. Os números ainda não fecharam, mas a previsão é que tenham sido vendidos 2,7 milhões de unidades no ano passado.
O mercado de PCs (desk­tops mais notebooks) encolheu 0,3% na mesma comparação. O número é ainda pior se detalhada apenas a venda dos desktops: queda de 13%. O crescimento de 10,6% nos notebooks compensou, mas não foi suficiente para reverter a queda da categoria.
“No decorrer do ano, os tablets se consolidaram no topo da lista de desejos dos consumidores brasileiros e seguem com um crescimento sustentável e contínuo, apesar de um cenário econômico atual menos propício que em períodos anteriores”, afirmou, em nota, Attila Belavary, analista de mercado da IDC Brasil.
A preferência dos brasileiros tem sido por tablets mais baratos e que rodam Android. Do total de vendas do terceiro trimestre, 46% custavam menos de R$ 500 e 80% contavam com o sistema operacional do Google. Segundo Belavary, ainda é pequeno o número de consumidores dispostos a gastar muito na compra de um tablet, restringindo o alcance dos top de linha como o iPad, da Apple, e o Galaxy, da Samsung.
Cenários
O atual cenário com várias categorias de aparelhos – tablets, smartphones, desktops e laptops – não permite dizer exatamente como será o uso de cada um deles no futuro e quem está roubando mercado de quem. Em tese, os PCs estariam perdendo espaço para os tablets e ultrabooks. Previsão da consultoria IDC, no entanto, mostra que o mercado de desktops continuará crescendo, ainda que lentamente, até 2016.
A chegada do iPad mini e a boa recepção do aparelho entre usuários também sugere que a versão menor do iPad pode se tornar, em algumas gerações, o principal tablet da Apple, desbancando o irmão maior – algo que ocorreu, por exemplo, quando o iPod mini chegou ao mercado, destronando o iPod original, maior. Mas em que medida um iPad mini poderia competir com um smartphone?
Uma grande pesquisa feita pela Fluxy Analytics mostra que os consumidores de tablets e smartphones têm hábitos diferentes. Enquanto o último é mais usado para redes sociais e utilidades (como e-mail), o primeiro é visto como um centro de mídia e entretenimento, e muito usado para games.

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