Quase metade dos tablets vendidos no Brasil têm preço abaixo de R$ 500, mas usuário deve saber
O
Brasil já está entre os dez maiores mercados mundiais de tablets. Mas
erra quem aposta que por aqui reina o iPad, da Apple, o principal
representante dessa categoria de dispositivos. Quase metade (46%) dos
769 mil tablets vendidos no Brasil no terceiro trimestre deste ano são
modelos com preço abaixo de R$ 500, segundo pesquisa da consultoria IDC.
O mesmo estudo também revela que, de janeiro a setembro deste ano, 52%
dos tablets comercializados no país tinham preço abaixo de R$ 1 mil. Até
2011, os dispositivos com preço acima de R$ 1 mil representavam 61% das
vendas.
O
tablet Smart A8, da mineira DL, custa R$ 395 e é um dos representantes
da safra de aparelhos baratos que têm conquistado o consumidor
brasileiro
Os novos números apontam, portanto, para a
popularização dos tablets no Brasil, com consumidores de menor poder
aquisitivo também se inserindo nesse mercado cujo principal ícone, o
iPad, custa a partir de R$ 1.750. Os aparelhos mais baratos ajudaram a
puxar o crescimento desse segmento, que neste ano teve um salto de 233%
nas vendas, com 2,9 milhões de unidades. Os números levantados por outra
consultoria, a Nielsen, também constatam a grande contribuição dos
aparelhos de baixo custo para a popularização dos tablets no Brasil.
De
janeiro a outubro deste ano, a participação dos dispositivos com preço
abaixo de R$ 1 mil no segmento saltou de 25,3% para 57,7%. Segundo a
Nielsen, a lista dos tablets mais vendidos no Brasil é encabeçada por
aparelhos que custam menos de R$ 1 mil. De acordo com a consultoria GfK,
os tablets mais comercializados no mercado brasileiro têm em comum,
além do preço baixo, acesso Wi-Fi (sem 3G) e tela de até 7 polegadas. A
média de preço é de R$ 968 - em 2010 esse valor era de R$ 2 mil.
Uma
das empresas que tem tirado proveito dessa popularização é a fabricante
mineira DL, que conta com dez modelos de tablets em linha de produção.
Seus aparelhos chegam às lojas a preços que variam entre R$ 350 e R$
1.300. Seus recursos variam entre suporte para Wi-Fi ou 3G, tela 3D,
cores diversas (em contraponto aos tons de cinza ou branco dos modelos
de fabricantes mais conhecidos) e telas de sete, oito ou dez polegadas.
A
questão é se a opção do brasileiro por tablets mais baratos está sendo
feita de forma consciente, levando em conta suas características e
recursos mais limitados. Se a ideia é ter nas mãos algo como um iPad ou
um Galaxy Tab - os mais sofisticados dispositivos dessa categoria -, o
usuário dos tablets abaixo dos R$ 500 pode acabar frustrado. Telas não
tão sensíveis ao toque, sistema operacional de celular ultrapassado e
acabamento sem muito capricho são algumas das características que vão
acompanhar o baixo preço. Pode ser uma questão de tempo para que o
usuário logo logo queira substituir seu tablet "quebra-galho" por um
aparelho de melhor qualidade.
Além dos ´xing lings´
Mas
isso não significa que o consumidor não encontrará boas opções abaixo
da linha dos R$ 1 mil que possam deixá-lo satisfeito. Antes de pensar em
aparelhos de marcas desconhecidas - como os "xing ling" chineses -,
vale considerar produtos como o BlackBerry Playbook, da RIM. Este
tablet, de marca respeitada, por não estar entre os mais badalados do
mercado, tem um bom preço se comparado às opções semelhantes de outras
marcas. Ele é vendido por cerca de R$ 700.
O aparelho, com tela
de 7 polegadas, vem com processador de dois núcleos de 1 GHz, memória
RAM de 1GB, 32 GB de espaço de armazenamento interno e conexão Wi-Fi.
Com uma boa relação custo-benefício, o Blackberry Playbook é uma boa
dica e vale o esforço de compra para quem estava planejando adquirir um
tablet no patamar abaixo dos R$ 500.
Mais versátil que o iPad em
termos de conectividade, o Playbook vem com porta micro-USB e porta
micro-HDMI que permite a comunicação com outros dispositivos, como as
TVs full HD. O aparelho conta ainda com câmera frontal de 3 MP e câmera
traseira de 5 MP. Um ponto que pode desagradar é o fato de seu sistema
operacional, BlackBerry, não estar entre os mais badalados como o
Android, que conta com um número bem vasto de aplicativos.
Para
quem preferir um Android, há opções como o Xoom 2 Media Edition, da
Motorola. Na mesma faixa de preço do BlackBerry Playbook, o Xoom tem
tela de 8,2 polegadas, 32 GB de memória interna, câmeras de 5 MP e 1,3
MP, GPS, Wi-Fi, Bluetooth e saída Micro HDMI. Seu sistema operacional é o
Android 3.2.
Já a fabricante brasileira Positivo Informática
oferece dois modelos da segunda geração de seu tablet Ypy, com telas de 7
e 9,7 polegadas. Com preços a partir de R$ 699, os dispositivos vêm com
sistema operacional Android 4.0, em versões Wi-Fi e Wi-Fi + 3G. Os
tablets têm capacidade de armazenamento de 16 GB, com possibilidade de
expansão de até 32 GB com cartão microSD Card. Seu forte, para os
iniciantes no uso de tablets, está no conteúdo totalmente adaptado para a
língua portuguesa.
Esperanças
Outra
opção, para os menos apressados, é esperar pela chegada do Kindle Fire
HD ao mercado brasileiro. O tablet da Amazon, que nos Estados Unidos
custa US$ 199 (cerca de R$ 400), é um dos lançamentos aguardados para
2013 aqui no Brasil, decorrente da estreia da companhia no mercado
local.
O aparelho vem com processador de dois núcleos de 1,2 GHz,
memória interna de 16 GB, tela de 7 polegadas e sistema operacional
Android customizado para o conteúdo da maior livraria online do mundo.
Um de seus destaques é a tela em alta definição, com 1280 x 800 pixels e
216 ppi (pontos por polegadas),
A última possibilidade que o
consumidor pode considerar para ter um bom tablet sem gastar muito é
ficar de olho nas pechinchas que podem surgir para o próprio iPad. Com a
chegada do tablet de quarta geração da Apple, o preço do iPad 2 tende a
seguir em queda, embora ainda não tenha atingido o nível inferior a R$ 1
mil.
Acer planeja lançar dispositivo de US$ 99
Após
o lançamento do Kindle Fire HD, da Amazon, custando US$ 199, o mercado
de tablets pode chegar a uma nova guerra de preços no mercado
internacional, desta vez podendo resvalar aqui no Brasil. A fabricante
taiwanesa Acer pretende lançar em países emergentes o tablet Iconia B1,
custando apenas US$ 99 (cerca de R$ 200).
A
linha Iconia, da Acer, vai ganhar novos modelos com preços bem
atraentes. Um deles, o B1, terá sistema Android, e o outro virá com
sistema Windows 8
Equipado com o sistema operacional
móvel Android, o dispositivo da Acer é uma resposta da companhia a um
outro possível lançamento de baixo custo que pode chegar ao mercado em
2013 trazido pela rival e também taiwanesa Asus.
A Acer procura
ainda focar no modelo com baixa margem de lucro para fazer frente ao
Google, que com seus tablets Nexus 10 e Nexus 7 também puxam os preços
para baixo entre os aparelhos com sistema Android.
Foco no Windows
A
política de preços mais acessíveis também pode atingir o segmento de
tablets com sistema operacional Windows 8, que até agora tem apresentado
preços nada convidativos aos usuários interessados nesses dispositivos.
O
Wall Street Journal, dos Estados Unidos, divulgou recentemente que a
Acer está desenvolvendo um tablet com Windows 8 equipado com processador
da Intel. A nova opção deve fazer frente a produtos deste segmento
lançados pela própria fabricante taiwanesa com o novo sistema
operacional da Microsoft: o Iconia W510, vendido por US$ 549, e o Iconia
W700, com preço de US$ 800.
Mercado
46%
dos tablets comercializados no mercado brasileiro no terceiro trimestre
deste ano são modelos com preços abaixo de R$ 500, segundo a consultoria
IDC
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