Com lançamento previsto para março, novo veículo vai ser híbrido, poluir menos, reutilizar a força das frenagens e mostrar que dá para ser luxuoso e veloz sem agredir o planeta
Larissa VelosoBÓLIDO
A nova Ferrari F70 terá motor híbrido como o do protótipo
599 GTB Fiorano, apresentado no Salão de Genebra de 2010
Um dos resultados mais significativos desse comprometimento deve estrear no próximo Salão do Automóvel de Genebra, em março deste ano. A Ferrari promete levar ao evento a nova F70, máquina que funde várias tecnologias verdes desenvolvidas pela marca italiana nos últimos anos. Para começar, o modelo será híbrido, com um motor a combustão capaz de desenvolver 750 cavalos e um elétrico que gera mais 100. Isso não significa que o bólido perderá desempenho. Especula-se que ele fará a prova de 0 a 100 km/h em menos de três segundos.
Para que o modelo atinja a meta de emitir até 30% menos gases do efeito estufa que a versão anterior, outras medidas foram tomadas. Uma delas é o uso da tecnologia “start-stop”, que já equipa veículos híbridos como o Ford Fusion. Por meio dela, o motor é desligado quando o carro não está em movimento – em um semáforo, por exemplo. Para religá-lo, basta pisar no acelerador. A Ferrari usou ainda uma tecnologia importada diretamente das pistas de Fórmula 1. Trata-se do sistema Kers, que recupera a energia perdida durante a frenagem e a manda de volta para o motor.
O clima de correção ecológica tomou conta de vez da escuderia italiana. Nos últimos anos, várias árvores foram plantadas em torno dos galpões da fábrica em Maranello. Além disso, todos os prédios construídos recentemente para os escritórios da empresa são feitos com grandes áreas envidraçadas, o que facilita a entrada do sol, diminui o consumo de eletricidade e tinge de verde a imagem que a empresa propaga pelo mundo. Quem disse que Ferrari só fica bem de vermelho?
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