Defensoria Pública entrou com pedido de urgência para evitar que os sócios vendessem propriedades ou pertences para não pagar eventuais indenizações
Luís Bulcão, de Santa Maria
Vestida de branco, multidão realizou marcha em memória das vítimas - Ricardo Moraes / Reuters
“Fizemos um pedido com urgência porque os sócios poderiam
começar a vender os seus bens para não pagar eventuais indenizações”,
afirmou o defensor publico João Otávio Carmona Paz
No momento, há suspeita de superlotação, desrespeito às normas de segurança, uso indevido de fogos de artifício em local fechado e adulteração de provas. Dois sócios da boate estão presos temporariamente - assim como dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no momento do incêndio.
Reportagem do site de VEJA mostra que computadores, câmeras de vídeo e materiais que poderiam comprovar irregularidades no funcionamento da casa foram retirados do local antes da chegada dos peritos. Os donos da boate são suspeitos de adulteração de provas. A polícia obteve na Justiça mandados de busca e apreensão dirigidos a uma série de endereços de Santa Maria e cidades vizinhas, para tentar recuperar essas provas.
De acordo com o defensor-geral do estado, Nilton Leonel Maria, a postura dos donos da boate reforça a necessidade desse tipo de ação. “Trata-se de uma medida cautelar ajuizada, que visa a bloquear os bens (dos proprietários da boate) para garantir o pagamento de futuras indenizações. Estamos tomando a medida tanto pelo número de pessoas vitimadas quanto pela atitude dos donos de não colaborar com as investigações. Tanto que estão presos”, disse.
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