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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Exército da Argélia liberta quatro reféns estrangeiros de campo de gás

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Exército da Argélia libertou nesta quinta-feira quatro reféns estrangeiros que foram sequestrados por radicais islâmicos no campo de gás de In Amenas, no sul do país. Segundo a agência de notícias estatal APS, os libertados são dois escoceses, um queniano e um francês.
As liberações acontecem em meio a informações sobre um bombardeio do Exército argelino à instalação. De acordo com informações dos rebeldes à agência de notícias ANI, da Mauritânia, 35 reféns e 14 insurgentes morreram na ação. As informações sobre os mortos não foram confirmadas pelo governo argelino.
As autoridades da Irlanda também confirmaram que foi liberado um cidadão do país. Segundo a agência de notícias britânica Press Association, o homem, que teria 36 anos, já teria conversado com a família, que mora em Belfast, na Irlanda do Norte.
A agência de notícias argelina também informou que foram libertados 600 reféns argelinos. O número, no entanto, contradiz uma informação dada pela própria agência na quarta (16), dando conta de que haviam 150 argelinos retidos.
Por outro lado, um morador da região ouvido pela agência de notícias Reuters disse que 180 argelinos conseguiram escapar dos sequestradores durante a operação militar. A agência da Mauritânia diz que os rebeldes ainda mantêm outros sete estrangeiros retidos no campo de gás.
A instalação invadida é controlada por um consórcio formado pela britânica BP, a norueguesa Statoil e a tunisiana Sonatrach. Os insurgentes dizem pertencer a um grupo vinculado à rede terrorista Al Qaeda e afirmam que a ação é uma represália à intervenção no Mali.
O governo malinês descartou qualquer relação com a ocupação francesa e dizem que os grupos radicais usam qualquer pretexto para fazer os ataques.
"A verdade é que essas forças estão instaladas em toda a nossa sub-região. É uma empresa criminosa que quer se instalar em todo o mundo para que sejamos submissos a eles. É uma ameaça verdadeira à civilização", disse o chanceler do Mali, Tieman Hubert Coulibaly.
DESENCONTRO
As versões sobre o que ocorreu no campo de gás são desencontradas. O governo argelino não dá detalhes sobre as operações e a distância do campo, no meio do deserto do Saara, dificulta a confirmação dos fatos na região.
Mais cedo, os radicais islâmicos exigiram a saída das tropas que cercam o campo de gás de In Amenas. Em entrevista à Al Jazeera, um dos insurgentes, que se identificou como Abu al Bara, afirmou que a retirada dos militares é a condição para negociar a liberação dos reféns.
O rebelde ouvido pelo canal exigiu a anistia de radicais islâmicos presos no país para soltar os estrangeiros e declarou que a ação é uma mensagem política à Argélia sobre sua postura contra os combatentes radicais, em uma mensagem que vale também para os países vizinhos.
O ataque ao campo de gás na Argélia aconteceu em meio às operações francesas no Mali, em que tropas francesas auxiliam o Exército local para retomar o controle do país. Paris recebe auxílio logístico de Reino Unido e Estados Unidos.
Em decorrência das ações, o governo do presidente François Hollande foi ameaçado pelos radicais islâmicos de ações contra representações diplomáticas e empresas europeias na África e alvos estratégicos na Europa.

Editoria de arte/Folhapress

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