DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland
confirmou, nesta sexta-feira (18), a morte do americano Frederick
Buttaccio. Ele estava entre os reféns que estão no campo de gás de In
Amenas, no sul do Argélia, que foi sitiado na quarta (16) por radicais
islâmicos.
"Nós expressamos nossas profundas condolências para seus familiares e amigos. Em respeito à privacidade da família não faremos outros comentários", disse Nuland, sem revelar mais detalhes.
Mais cedo, ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius anunciou que um francês foi morto durante a operação para resgate de reféns.
A agência oficial de notícias da Argélia divulgou, nesta sexta a morte de 12 reféns durante a operação realizada na última quinta (17). As informações foram fornecidas por uma fonte --que não foi identificada-- da APS.
Segundo a agência, apesar dos bombardeios de ontem, um grupo de terroristas e reféns ainda segue na zona de produção do complexo. As forças armadas especiais estão tentando alcançar um desfecho "pacífico".
A APS também atualizou os números sobre quantos reféns foram libertados na operação realizada na quinta: 573 argelinos e cerca da metade dos 132 estrangeiros. Dezoito terroristas morreram na operação, de acordo com a agência.
LÍDERES
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta que os reféns vivos estão em perigo em meio a uma crise "extremamente difícil" na Argélia, e pediu cuidado máximo para garantir sua segurança.
Clinton ofereceu suas condolências aos mortos e disse que conversou com o primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal, e pediu que o governo da Argélia garanta a segurança dos reféns americanos e de outras nacionalidades.
Mais cedo, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que Washington acompanha de perto o sequestro e disse que os militantes estrangeiros serão perseguidos e encontrados.
Segundo Panetta, os americanos estão empenhados em garantir que seus cidadãos retornem aos EUA em segurança.
Panetta não comentou sobre o número de americanos presos na região. Na noite de quinta (17), a Casa Branca informou que pediu informações à Argélia sobre o caso e enviou um avião não tripulado de observação à usina de gás.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse um pouco antes que o Exército argelino ainda tentava libertar mais reféns, mas sem citar números. O chefe de governo afirmou que menos de 30 britânicos foram retidos pelos radicais islâmicos, mas disse não saber quantos ainda estão na usina e quantos foram liberados.
Segundo a CNN, a Grã-Bretanha enviou profissionais especialistas em trauma e agentes consulares --que podem emitir passaportes de emergência-- para um local a cerca de 450 km de distância da usina.
RESGATE
Durante a tarde desta sexta-feira, a APS informou que mais de 600 reféns foram libertados pelas Forças Especiais do Exército, incluindo mais de cem trabalhadores estrangeiros e 18 terroristas foram mortos.
Os reféns retidos fazem parte de um grupo de 132 estrangeiros e cerca de 600 argelinos que ficaram presos dentro do alojamento e da usina de gás, no meio do deserto do Saara. As instalações pertencem a um consórcio composto pela britânica BP, a a norueguesa Statoil e a argelina Sonatrach.
Os números apresentados pela agência da Argélia são maiores que os mencionados pelos sequestradores. Os terroristas dizem que sequestraram 41 estrangeiros e 150 argelinos e que 35 funcionários internacionais teriam morrido no ataque de quinta (17).
Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress | ||
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