DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Subiu para 80 o total de mortos por causa do sequestro de reféns em um
campo de gás na Argélia e os combates subsequentes entre o Exército do
país e os militantes islamitas.
Segundo a agência Reuters, 25 corpos queimados foram encontrados durante revista militar no local neste domingo, elevando a 48 o número de reféns mortos --32 militantes islamitas morreram, segundo o Exército da Argélia.
Na mesma revista militar, pelo menos seis homens suspeitos de terem participado da invasão foram presos.
O Ministério do Interior da Argélia disse que 107 reféns estrangeiros e 685 argelinos foram liberados desde o primeiro dia do sequestro.
A operação de busca no complexo de gás, um dos mais importantes do país africano, ocorreu um dia depois de as forças argelinas deflagrarem um ataque final para recuperar as instalações.
A ação encerrou a crise que começou na quarta-feira, quando militantes do grupo Signatários por Sangue, que se dize ligado à rede terrorista Al Qaeda, tomaram o controle do local.
brigada
O grupo disse se tratar de uma represália à ofensiva militar da França contra islamitas no norte do vizinho Mali e exigiam o fim dos ataques.
Mokhtar Belmokhtar, chefe da brigada que executou a ação, teria dito em vídeo que o ataque foi realizado por "40 combatentes de diferentes países islâmicos", segundo o site da Mauritânia Sahara Media. Ele não revelou as nacionalidades.
No vídeo, Belmokhtar diz falar em nome da matriz da rede Al Qaeda e não da Al Qaeda no Magreb Islâmico.
Ennahar TV/Associated Press | ||
Imagem de TV mostra supostos reféns de campo de gás no deserto argelino comemorando libertação |
Ontem, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse que o objetivo da intervenção militar no Mali é a reconquista total do país. "Não deixaremos focos de resistência", disse em entrevista ao canal de TV France 5.
Le Drian disse também que a operação de resgate desempenhada pelo Exército argelino foi "uma ação de guerra".
Tropas francesas avançaram ontem para Diabali, cidade no centro do Mali, abandonada pelos rebeldes islamitas depois de intensos ataques aéreos.
A tropa se movimenta cuidadosamente temendo um contra-ataque dos militantes ligados à Al Qaeda.
A televisão mostrou restos de caminhões usados pelos islamistas equipados com metralhadores. Alguns deles estavam carbonizados.
Os comandantes das forças francesas e do Mali, que estruturaram seu quartel-general perto de Niono, a 300 km da capital, Bamaco, disseram que a localização dos militantes islamitas continua incerta.
"Nossa principal preocupação é que uma parte da população local tenha se juntado aos militantes", disse o coronel Seydou Sogoba, chefe da operação pelo Exército do Mali. "Eles chegam e se misturam à população local", disse.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Nenhum comentário:
Postar um comentário