Governador de Pernambuco descarta rompimento com a presidente neste ano, mas diz que crescimento do seu PSB nas últimas eleições não será ignorado
Gabriel Castro, de Brasília
Eduardo Campos: cenário para 2014 segue em aberto
(Gustavo Miranda/Agência O Globo)
Após o encontro, Campos repetiu que a discussão sobre a sucessão presidencial só deve ocorrer em 2014 - afirmando que o PSB estará na base aliada em 2013 e, ao mesmo tempo, evitando se comprometer com a renovação da aliança com o PT no ano seguinte. "Não tem nenhuma decisão sobre isso (a candidatura presidencial). Um aliado correto, bom aliado, é aquele que numa hora como essa, em vez de discutir o eleitoral, está discutindo o que interessa ao país. E o que interessa ao país nesse momento não é criar dificuldades para a presidente Dilma", afirmou ele, que garantiu o apoio à petista durante "todo o (ano de) 2013".
Mesmo sem tomar uma posição concreta sobre o cenário presidencial, Campos - que também tem boa relação com o tucano Aécio Neves -, deixou claro que seu partido sonha com protagonismo no plano nacional: "O PSB cresceu em 2006, 2010, 2012, e esse crescimento do PSB não será barrado", afirmou o governador.
Câmara - Sobre a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) à Presidência da Câmara, que significa uma alternativa ao candidato chancelado pelo Planalto, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), Eduardo Campos não foi enfático, mas afirmou que Delgado não é candidato avulso: "Meu partido apoia o Júlio", declarou, antes de afirmar que não se envolve na disputa pelo comando da Casa.
A conversa entre Dilma e Eduardo Campos havia sido marcada há cerca de dez dias, quando os dois se encontraram na Base Naval de Aratu, em Salvador. Nesta segunda-feira, a presidente se comprometeu a visitar Pernambuco no dia 18 de fevereiro.
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