Primeiro evento da presidente com o prefeito paulistano, Fernando Haddad, teve entrega de apartamentos, ambulâncias e assinatura de contratos. Dilma criticou pessimismo: "O Brasil vai crescer muito"
Carolina Freitas
Dilma subiu ao palanque para anunciar pacote de bondades com Haddad
(Léo Pinheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
)
O primeiro evento a unir sobre o mesmo palco a presidente Dilma
Rousseff e Fernando Haddad no cargo de prefeito de São Paulo, ambos do
PT, marcou nesta sexta-feira a entrega de um pacote de bondades no valor
de 732,1 milhões de reais do governo federal para a capital paulista.
No dia do aniversário da cidade, desembarcaram aqui a presidente e uma
comitiva de sete integrantes de seu primeiro escalão. O tom dos
discursos nas quase duas horas de evento foi de homenagem à presidente e
de louvação às parcerias entre União e município – mote da campanha de
Haddad, no ano passado.
“O governo federal, a prefeitura e o governo do estado de São Paulo, se
tiverem parceria, realizam mais do que se cada um agir sozinho”, disse
Dilma. A presidente aproveitou um só evento, com público de cerca de 800
pessoas, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, para anunciar tudo e
mais um pouco. Foram feitas duas entregas, dois anúncios de
investimentos e a assinatura de três convênios. Foram entregues um
conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, com 300 unidades e 84
ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Nos discursos dos ministros, mais promessas para a cidade. Aloizio
Mercadante, da Educação, anunciou a construção na cidade de um campus da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na Zona Leste, e uma
unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São
Paulo, na Zona Norte. E o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometeu
construir em São Paulo dezesseis Unidades de Pronto-Atendimento (UPA)
24 horas, com investimento de 70 milhões de reais. Mercadante e Padilha
são possíveis candidatos do PT ao governo paulista em 2014.
Foram assinados ainda três contratos no valor total de 636 milhões de
reais com o Ministério das Cidades para obras de prevenção a desastres e
enchentes na capital. Entre elas estão medidas como a canalização de
córregos e a contenção de encostas, que já são feitas há anos por
gestões anteriores a Haddad em parcerias com o governo estadual.
Dilma aproveitou a oportunidade para deixar um recado aos que chamou de “pessimistas”,
em um ano que começa com perspectivas preocupantes para a economia.
“Vou encerrar rapidinho porque essa chuva parece que está forte”, disse
pouco antes de desabar uma tempestade sobre a lona onde ocorria o evento
– metade do público já tinha ido embora com medo da água. “Acredito que
o Brasil vai crescer. E vai crescer muito. Não acreditem nos
pessimistas”, disse. “Nós abaixamos a conta de luz porque podíamos e
isso vai ser uma coisa boa para o Brasil continuar crescendo.”
Já de olho na eleição de 2014, quando Dilma tentará a reeleição, Haddad
e os ministros rasgaram elogios à presidente, especialmente à
iniciativa dela de reduzir em 18% a conta de luz para
consumidores residenciais. “Muita gente imaginou que fosse impossível e
aconteceu o inimaginável”, disse Haddad. “A senhora não fez
propriamente uma mágica, mas percebeu que o investimento nas
hidroelétricas estava pago e conseguiu reduzir a conta de luz.” De
acordo com o prefeito, os paulistanos vão economizar um total de 1,9
bilhão de reais com o desconto na energia elétrica.
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