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terça-feira, 9 de junho de 2009

Jovem de origem brasileira morre nos EUA vítima de gripe suína

Uma jovem de 20 anos de origem brasileira, residente nos Estados Unidos, morreu vítima da gripe suína no último dia 30 de maio, em Chicago (Illinois).
Caitlin Anne Treat Huber nasceu em Fortaleza (CE), mas morava nos Estados Unidos desde os três meses de vida, quando foi adotada pelo casal norte-americano Vicki L. Treat e Charles F. Huber, do Estado de Nebraska. No dia 23 de maio, então grávida de seis meses da segunda filha, a jovem deu entrada no Illinois Medical Center at Chicago com sintomas de uma forte pneumonia. Dado o diagnóstico de gripe suína seis dias depois, os médicos optaram por adiantar o parto com uma cesariana. Como seu estado de saúde piorava rapidamente, Caitlin deu à luz em coma na sexta-feira (29). No dia seguinte ao parto, a jovem não resistiu e morreu. Caitlin morava em Chicago com o noivo, Antonio Palafox, pai da criança.
Segundo o irmão da jovem, Chas Treat Huber, 22 --também de origem brasileira e adotado pela família quando criança--, a sobrinha nasceu saudável, mas permanece internada na unidade da UTI Neonatal do hospital.
Chas afirmou que ninguém da família foi infectado, nem mesmo o noivo e a outra filha de Caitlin --de 1 ano, fruto de um relacionamento anterior. No entanto, a menina está tomando medicamentos antigripe para evitar um possível contágio.
"Estamos bem, não apresentamos sintomas da doença e estamos cuidando da criança, dando remédio para garantir que ela não contraia a doença. Meus pais têm visitado a recém-nascida no hospital. Estamos todos muito tristes", disse à Folha Online.
Apesar do risco, o irmão afirma que a família não teme ser contaminada pela doença, pois a irmã, segundo ele, foi infectada em Illinois.
Caitie, como era conhecida, foi cremada na última quarta-feira (3), em Chicago. Nesta semana, parentes e amigos próximos fizeram uma homenagem a ela em Lincoln, capital de Nebraska, cidade onde ela foi criada.
Segundo a pediatra cearense Solange Uchôa de Oliveira, 57, que acompanhou o processo de adoção e mantinha contato com a jovem, Caitie visitou o Brasil apenas uma vez, em 2003, acompanhada da família.
Gripe suína nos Estados Unidos
O Estado de Illinois apresenta o segundo maior número de mortes por gripe suína dos Estados Unidos, quatro no total. O número só é menor do que o de Nova York, onde oito pessoas morreram.
De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos), 27 pessoas morreram infectadas pelo vírus da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- nos Estados Unidos. Conforme o órgão, há 13.217 casos da doença no país.
Até agora o vírus matou em dez Estados: Arizona (4), Illinois (5), Michigan (1), Missouri (1), Nova York (8), Texas (3), Utah (2), Virginia (1) e Washington (1) e em Porto Rico (1), segundo o CDC.
Brasil
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou na segunda-feira mais dois casos da doença em São Paulo, o que elevou para 38 o número de casos de contaminação no país.
Segundo o ministério, ambos foram contaminados no exterior, estão em isolamento domiciliar e passam bem. A pasta não informou em quais países eles contraíram a doença, nem de quais cidades são. Com a confirmação de dois novos casos no Estado, sobre para 17 o total de casos de gripe suína em São Paulo. No Brasil, gripe suína afeta jovens com menos de 30.A maioria dos 38 casos de gripe suína confirmados no Brasil (69%) até o momento ocorreu em pessoas com até 29 anos de idade, o que confirma a tendência mundial de o novo vírus atingir mais os jovens. A maior parte do pacientes (16) foi infectada nos Estados Unidos, aponta ainda análise do Ministério da Saúde. Ontem à noite a pasta informou dois novos registros da doença, em São Paulo, o que eleva para 38 o total de casos. O sintoma mais presente entre os doentes foi a tosse - em 94% dos casos -, seguido da febre, presente em 89%, diz o balanço. Não há uma configuração de surto ou epidemia da doença no País. Em Florianópolis, onde uma creche foi fechada (só reabrirá segunda) em razão de risco da gripe, a secretaria estadual informou ontem que aguarda os resultados de exames de 20 crianças. Um aluno foi contaminado por uma tia doente. "A criança não teve febre, apenas dor de garganta e coriza", disse Luís Antônio Silva, diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado. A secretaria estadual está revisando os casos e discute com o Ministério da Saúde uma possível mudança nos critérios para classificar um caso como suspeito, afirmou o diretor. Segundo especialistas, a febre, apesar de ser critério essencial, não tem se manifestado em até 20% dos pacientes em diversos países. ?Mas a febre é o principal diferencial entre as gripes e os resfriados comuns?, afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde, que não vê necessidade de alteração de critérios. O ministério informou que mantém um processo de avaliação contínua dos protocolos de definição de casos e que não há ainda nenhuma indicação de revisão. A Secretaria de Saúde de Campinas informou que a criança internada no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde a última quarta-feira como caso suspeito de gripe suína teve alta ontem e permanecerá em isolamento domiciliar. O resultado do exame da criança, coletado no HC, foi inconclusivo. Por isso, nova amostra foi coletada para ser enviada ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

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