Brasília-DF
Edson Luiz
Na exposição feita no Senado na última quinta-feira, o ministro da Defesa, Celso Amorim, mostrou a necessidade de aumentar os investimentos no fortalecimento das Forças Armadas. Os números assustaram os parlamentares, já que o Brasil aplica, proporcionalmente, pouco mais da metade dos recursos que os demais países do Brics — Rússia, Índia, China e África do Sul. Até mesmo a nação africana coloca mais dinheiro para a defesa em seu orçamento do que nosso país. Hoje, os gastos brasileiros com o setor representam 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média dos demais é de 2,3%.
O próprio ministro lembrou que nossas despesas na área estão sendo empregadas em diversas áreas, como o combate ao crime organizado e o tráfico de drogas na fronteira, onde também pode exercer papel de polícia. Isso sem contar os projetos em desenvolvimentos e os que ainda não saíram do papel por falta de recursos. Além disso, como disse o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) na mesma audiência, trata-se de uma questão de soberania.
Porém, não se trata apenas de equipar as Forças Armadas, mas também de aumentar os vencimentos dos militares, sem qualquer distinção. Hoje, os melhores técnicos militares estão sendo cobiçados pela iniciativa privada, que chegam a pagar as multas para tê-los em seus quadros. Ou seja, se não investirmos mais, continuaremos sempre atrás.
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