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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Senado argentino aprova expropriação da petrolífera YPF

Medida teve apoio de 63 dos 72 senadores e vai agora à Câmara de Deputados

Senadores argentinos aprovaram expropriação da YPF após mais de 15 horas de debates Senadores argentinos aprovaram expropriação da YPF após mais de 15 horas de debates (AFP/Daniel Garcia)
O Senado argentino aprovou na noite desta quarta-feira, por ampla maioria, o projeto de lei que prevê a expropriação de 51% das ações da petrolífera YPF pertencentes à espanhola Repsol, principal acionista da companhia argentina. Após cerca de 15 horas de debates, a medida foi aprovada por 63 votos a favor e três contra, além de quatro abstenções.
De acordo com o texto aprovado pelos senadores, também será expropriada a unidade de gás da Repsol, a YPF Gas, distribuidora de gás butano e propano. As ações da empresa espanhola serão divididas entre a administração federal e as províncias argentinas produtoras de petróleo e gás. O projeto de lei do governo da presidente Cristina Kirchner agora segue para a Câmara dos Deputados, onde deve ser debatido na próxima semana e votado na seguinte.
O resultado foi construído com o apoio de legisladores da Frente para a Vitória (peronista), liderada por Cristina, e também dos blocos oposicionistas União Cívica Radical (social-democrata) e Frente Ampla Progressista (socialista). As duas bancadas de oposição, porém, criticaram a política energética do governo.
Apesar de ter votado a favor da expropriação por considerá-la uma "revanche da privatização nos anos 1990", o senador Luis Juez, da Frente Ampla Progressista, declarou temer que a aprovação do projeto signifique "um cheque em branco" para a Casa Rosada.
O texto que passou no Senado declara de "utilidade pública e sujeita a desapropriação" a fatia de 51% das ações da YPF em poder da Repsol, titular de uma participação total de 57,43% na petrolífera argentina, cujos outros sócios são o grupo argentino Petersen (25,46%) e o estado argentino (0,02%). Os 17,09% restantes são negociados nas Bolsas de Valores de Buenos Aires e Nova York.
(Com agência EFE)

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