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sábado, 7 de abril de 2012

Smartphones vendem mais e mudam hábitos

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Impacto nas vendas é crescente já que tanto no Ceará quanto no Brasil número de aparelhos superou o de habitantes
FOTO: ALEX COSTA
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Dispositivos móveis são cada vez mais utilizados para atividades realizadas tradicionalmente através de computadores
FOTO: KID JÚNIOR
O mercado de telefonia móvel é impactado pela inovação dos aparelhos. Resultado foi aumento nas vendas

A chegada dos smartphones revolucionou a tecnologia do celular. Pessoas, que ainda não tinham se rendido à hipótese de portar um desses aparelhinhos, passaram a perceber a necessidade deles a partir da multiplicação de suas funções, especialmente a de servir como instrumento facilitador para o acesso à internet. Por outro lado, os que já conheciam bem o uso do equipamento criaram um vínculo ainda maior de dependência com o pequeno objeto, transcendendo, dessa forma, a relação com o celular para sentimentos de afetividade. Apesar de parecer estranho e até exagerado, não é. Pelo menos é o que garante uma pesquisa mundial divulgada nesta semana, pela Intel.

Segundo o estudo, 80% das pessoas dormem com o celular na cama e 40% atendem às ligações enquanto estão no banheiro. Por mais incrível que isso possa parecer, 15% dos entrevistados responderam que, inclusive, chegam a interromper a relação sexual para atender ou verificar recados na telinha do telefone.

Paixão x dependência

A pesquisa revela também que, para 40% dos usuários, a questão é maior do que simplesmente vício. É amor, realmente. Eles responderam que ficam ao lado do objeto "querido" durante as 24 horas do dia e sete dias por semana. Além disso, 70% confirmaram que abdicariam, por um semana, do consumo de bebidas alcoólicas em troca da portabilidade do celular. Outros 63% esqueceriam o chocolate por esse período, e 33% suportariam sete dias sem sexo para não ter que ficar sem o aparelho.

De acordo com a Intel, o estudo foi realizado em países de vários continentes. Conforme o levantamento, os sul-americanos são os que mais compartilham fotos e vídeos pelo telefone; os asiáticos lideram entre os que mais se divertem com os games; os africanos são os que mais enviam mensagens de texto; e os norte-americanos chegam a gastar até três horas por dia utilizando o objeto portátil para compartilhar coisas.

Impacto econômico

Essa relação cada vez mais intensa com o celular é refletida também por aqui, sobretudo, no impacto econômico gerado pelo volume crescente de vendas. Já existem mais aparelhos de telefonia móvel do que gente tanto no Brasil quanto no Estado. De acordo com os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até fevereiro deste ano, tinham sido registrados 232 milhões e 9,5 milhões de habilitações, respectivamente.

Conforme a agência, no primeiro bimestre de 2012, 5.422.534 telefones foram habilitados em todo o território brasileiro. O número é 17% maior que igual período de 2011, quando a quantidade foi um pouco superior a 4,6 milhões.

No Estado

No Ceará, o comportamento também foi semelhante ao do País. As vendas cresceram 10,5% em janeiro e fevereiro deste ano ante similar intervalo de 2011. São 242.623 habilitações contra 219.211 do ano anterior. Uma diferença de 23,4 mil vendas a mais.

Acesso a banco salta até 110%

São Paulo Consultar saldo, extrato, fazer transferências e pagar contas pelo celular são situações cada vez mais comuns para o brasileiro. Levantamento feito pela empresa de pesquisa de mercado TNS mostra que o número de operações bancárias feitas pelo telefone móvel cresceu 110% em 2011 em comparação com 2010. E na avaliação dos especialistas, a tendência é que o "mobile banking" continue avançando com o crescimento das vendas de smartphones e a busca pela mobilidade

A pesquisa também mostra que cada vez mais dispositivos móveis passam a ser utilizados para atividades feitas tradicionalmente via computador. Entre os usuários de internet banking, 35% ainda preferem utilizar o computador tradicional. Já outros 24% preferem celulares e smartphones. Outra parcela, 11%, se sentem mais à vontade com o uso de tablets.

"Se é verdade que o futuro é digital, podemos dizer que o futuro do digital está na mobilidade. Cada vez mais vemos consumidores com acesso móvel à web, o que impacta diretamente no comportamento e na intensidade de uso", diz Juan Londoño, gerente regional de pesquisa interativa da TNS para a América Latina. Em número de adeptos dos serviços bancários pelo celular, a última pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que o crescimento foi de 72% na comparação de 2009 com 2010, passando de 1,3 milhão para 2,2 milhões de usuários. Só o Bradesco já contabiliza mais de 700 mil adeptos do mobile banking atualmente. "É um número que cresce a cada dia", afirma Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco Dia&Noite.

Os números do Bradesco mostram que o serviço não para de crescer A média mensal de transações no mobile banking em 2011 foi de 8 milhões. Se levarmos em consideração os dois primeiros meses de 2012, a média salta para 15 milhões. "Existe uma tendência das pessoas mais jovens irem direto para a mobilidade, sem passar pelo internet banking", conclui Cavalcanti.

A situação não é diferente no Banco do Brasil. O número de usuários mobile cresceu 86,6%, de 977,6 mil em 2010 para 1,8 milhão em 2011. Já as transações aumentaram 232,1% no mesmo período, de 24,6 milhões para 81,7 milhões. "A mobilidade é o principal fator que justifica esse crescimento, além da inclusão de novas opções para os clientes", pontua José Lairton Rocha Júnior, gerente na unidade de Gestão de Canais do Banco do Brasil. Das transações feitas por celular, 80% utilizam os aplicativos instalados nos celulares.

No caso do Itaú, o banco ultrapassou em março a marca de 1,1 milhão de downloads a seus aplicativos. A ferramenta do iPhone foi líder, com 540 mil registros.

ILO SANTIAGO JR.
Repórter

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