Prestes a deixar seus cargos, prefeitos se apressam em fechar convênios que extrapolam a atual gestão. Ministério Público investiga a onda de contratos firmados no apagar das luzes
Izabelle TorresPRESSA
A recuperação das orlas das represas Billings e de Guarapiranga não tem data para começar,
mas a licitação foi homologada às pressas pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab
Além do parentesco, a pressa com que Nelson Trad comandou a licitação alertou o Ministério Público. Os procuradores dizem que a prefeitura agiu para impedir que concorrentes tivessem acesso a informações sobre os serviços e detalhes das obras. “A prefeitura inviabilizou a participação de outras empresas”, resume o engenheiro Thiago Verrone, responsável pela denúncia que resultou na investigação.
MAIS DUAS GESTÕES
Prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT)
prorrogou o contrato de lixo por 10 anos
Em São Paulo, quem suceder Gilberto Kassab (PSD) terá de dar continuidade ao processo de contratação para a recuperação das orlas das represas Billings e de Guarapiranga. A obra está orçada em R$ 3,3 bilhões. O MP quer saber por que Kassab se apressou em homologar a licitação, apesar de nem haver data para as obras começarem. Diante disso, procuradores ouvidos por ISTOÉ disseram que vão acompanhar com lupa todas as fases desse processo. Em Maceió, o prefeito demissionário Cícero Almeida (PTB) autorizou prorrogações de contratos com empresas investigadas por falhas na prestação de serviços à prefeitura. É o caso da Oscip Tocqueville, que presta serviço à Secretaria de Assistência Social da capital alagoana e é suspeita de fraudar prestações de contas para distribuir dinheiro entre políticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário