Novo pacto entre Seul e Washington estendendo o alcance dos foguetes sul-coreanos provocou revolta em Pyongyang - que respondeu com ameaças
Foguete exposto em desfile militar na Coreia do Norte
(Bobby Yip/REUTERS)
Na nota transmitida pela KCNA, agência de notícias oficial do regime norte-coreano, Pyongyang afirma que os mísseis estratégicos do país têm alcance para atingir não apenas as bases americanas na península coreana, mas também "no Japão, em Guam e até a área continental dos Estados Unidos". "Estamos bem preparados para resistir a ataques nucleares dos EUA e de seus aliados", garante o comunicado do regime de Kim Jong-un.
O governo norte-coreano também assinala que vai intensificar a preparação defensiva diante da extensão do alcance dos foguetes do país vizinho e, usando sua habitual retórica bélica, acusa o pacto entre Seul e Washington de levar a situação na península coreana ao limite e "acender o pavio da guerra". Principal aliado da Coreia do Sul, os Estados Unidos têm mais de 20 mil soldados mobilizados no país asiático.
Seul e Washington - A Coreia do Sul anunciou no domingo um acordo histórico com os EUA para desenvolver mísseis balísticos de maior alcance, capazes de atingir alvos em qualquer ponto da Coreia do Norte. Com o pacto, o raio de ação dos foguetes sul-coreanos aumentou de 300 km para 800 km.
Para o secretário de segurança nacional sul-coreano Chung Yung-woo, o aumento no alcance dos mísseis é uma medida de defesa contra as hostilidades do vizinho do norte. "A meta principal na revisão do pacto é deter as provocações bélicas da Coreia do Norte", afirmou Chung, citado pela rede CNN. "Se Pyongyang atacar, somos capazes de neutralizar seus mísseis ou dispositivos nucleares em um estágio inicial", explicou.
Apesar das ameaças da Coreia do Norte, não há garantia de que o país comunista tenha foguetes que possam atingir os EUA, embora especialistas acreditem que o regime esteja tentando desenvolver a tecnologia para mísseis de longo alcance. Dois testes de foguetes falharam recentemente na Coreia do Norte – o último deles em abril de 2012, protagonizando o primeira grande fiasco do governo de Kim Jong-un.
(Com agência EFE)
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