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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Reajuste de combustível virá, diz Graça Foster

Presidente da Petrobras voltou a falar da necessidade de alinhar o preço cobrado no Brasil com o do exterior, mas não falou em prazo e em percentuais

Graça Foster, presidente da Petrobrás
Graça Foster não quis comentar sobre aumento do percentual de etanol na gasolina (Yasuyoshi Chiba/AFP)
A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a falar nesta terça-feira sobre um novo reajuste de combustíveis como uma possibilidade concreta, porém ainda sem definição de data de vigência ou porcentuais. "O reajuste de combustíveis certamente virá, mas quando ainda não tem data", disse ao sair de evento em que foi homenageada, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Graça ressaltou que, além do reajuste nos produtos vendidos pela companhia, a estatal trabalha em um amplo programa de redução de custos com o objetivo de garantir maior eficiência e, ao mesmo tempo, aumentar as margens da empresa. "Trabalhamos para melhorar a rentabilidade", disse. "A discussão sobre o preço dos combustíveis é um exercício diário da Petrobras."
Nesta segunda-feira, em Tóquio, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, já tinha falado sobre a necessidade de manter paridade dos preços dos combustíveis no Brasil com os valores internacionais. Segundo ele, a medida é fundamental para viabilizar o programa de investimentos da companhia de 2012 a 2016.
Indagada sobre o aumento do porcentual de etanol misturado à gasolina, outra alternativa que vem sendo estudada como forma de elevar a rentabilidade da companhia, a executiva preferiu não se estender sobre o assunto. "O etanol é consequência da gasolina", resumiu, lembrando que esta é uma decisão do governo, embora tenha reafirmado que a medida poderia beneficiar a Petrobras por reduzir a necessidade de importação de gasolina.
Licitação — Segundo a presidente da Petrobras, a realização de novas rodadas de licitação de óleo e gás "é uma necessidade". Para ela, o grande valor das empresas petrolíferas não vem do petróleo que produzem hoje, mas do que produzirão amanhã. "É uma necessidade de todos nós (empresas que atuam no setor). Certamente, estamos precisando oxigenar nosso portfólio".
Ela defendeu que a Petrobras, o governo federal e as empresas privadas do setor petroquímico unam-se para viabilizar, nos próximos anos, o desenvolvimento da petroquímica no Brasil. De acordo com Graça, o crescimento nos Estados Unidos de novas tecnologias para extração de shale gas – gás de xisto, um fonte não convencional de hidrocarbonestos – barateou o preço do gás no mercado americano, o que está afetando o segmento no país.
"O shale gas é uma realidade nos EUA. Exerce uma força de atração muito grande sobre a petroquímica no Brasil", afirmou Graça, para quem são necessárias soluções que devolvam competitividade à petroquímica nacional.
Caixa — Graça Foster reafirmou ainda que o desinvestimento anunciado pela Petrobras em seu planejamento estratégico é necessário para a companhia gerar caixa para viabilizar novos projetos. A executiva, porém, voltou a ressaltar que nenhum projeto prioritário será incluído integral ou parcialmente no plano de venda de cerca de 14 bilhões de dólares em ativos. "Desinvestimento será apenas de ativos com pouca ou nenhuma sinergia", explicou.

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