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sábado, 6 de outubro de 2012

Dassault tenta vender ao Brasil caças com novo radar

Escolha do novo caça da FAB é uma pendência de 17 anos. A decisão sobre a compra deve ser anunciada até o final do ano por Dilma Rousseff

O caça Rafale, fabricado pela francesa Dassault
O caça Rafale, fabricado pela francesa Dassault (Tony Barson/Getty Images)
A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês Rafale, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.
De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, “com esse equipamento, a FAB terá em mãos todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos”.
Segundo Merialdo, “o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas”. O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do Rafale.
O radar foi desenvolvido pela Thales, integrante do consórcio Rafale International. A versão de segunda geração começou a ser pesquisada em 2004, e recebeu um investimento inicial de 90 milhões de euros. O dispositivo é capaz de localizar e identificar simultaneamente até 40 aeronaves - e de tratar como alvos de 8 a 10 delas. Faz, ainda, o acompanhamento digital do terreno sobrevoado, facilitando a penetração a baixa altura em ataques de precisão.
O AESA não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial - muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.
A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de 6 bilhões dólares envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano.
(com Agência Estado)

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