A população do país teme que o resultado da disputa, que promete ser a mais apertada desde que Hugo Chávez assumiu o poder, cause enfrentamentos
Mulher passa diante de propaganda eleitoral de Hugo Chávez
(Tomas Bravo/Reuters)
Escaladado por experiências anteriores, cidadãos venezuelanos temem que o resultado das eleições leve a acusações de fraude e protestos, numa sociedade já polarizada e com grande número de armas ilegais.
A dona de casa Dayana Alvarez, de 38 anos, disse à agência Reuters que é preciso pensar em sua família em um momento como este. “Podemos enfrentar violência, qualquer coisa é possível neste país”, disse, em um estabelecimento lotado, onde pessoas compravam, entre outros itens, velas e leite em pó, sendo que,em algumas lojas, artigos como café, macarrão, arroz e leite, já esgotaram.
Na reta final da campanha, três ativistas da oposição foram mortos em um comício e três tiroteios foram registrados, mas o derramamento de sangue que muitos temiam não ocorreu.
Fator medo – Os seguidores de Capriles acreditam que grande parte da população, desconfiada em relação ao sigilo do voto, tem medo de se manifestar a favor da oposição e sofrer retaliações como perder seus empregos – com o inchaço do estado promovido pelo tirano e a onda de nacionalizações, grande parte dos postos de trabalho estão ligados a empresas estatais.
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