Mobilização complicará ainda mais a liberação de mercadorias e vai afetar portos e aeroportos na próxima semana

"Um exemplo é a Zona Franca de Manaus, que usa peças fabricadas no exterior e vem compor produtos aqui no Brasil", disse Delarue. Ele explica que para uma fábrica que trabalha com o sistema 'just in time', por exemplo, em 10 dias já haveria falta produto no mercado em que ela atua.
A entidade afirma que esta paralização não será uma greve, mas funcionará como uma operação padrão, que não libera as mercadorias. O protesto pode impactar na já extensa fila de navios que aguardam para embarcar açúcar nos portos brasileiros.
O sindicato afirma que serão impactadas todas as aduanas do país, ou seja, todo o fluxo de cargas em portos, aeroportos e postos de fronteira, como decidido pela Assembleia Nacional. "O movimento (a operação-padrão) deve ser forte em Paranaguá, onde há grande impacto na exportação. Supõe-se que embarque de soja e açúcar sejam prejudicados. Mas prefiro não adiantar o tamanho do impacto para aguardar o início da mobilização na segunda-feira", completou o presidente do sindicato.
Em paralelo deve haver uma operação que está sendo chamada de "Crédito Zero" pelos auditores, na qual os dados sobre impostos cobrados sobre importação não serão repassados para o sistema da Receita Federal, apesar de serem verificados diariamente pelos fiscais.
O sindicato afirma que o movimento é por tempo indeterminado, até que o governo aceite negociar reajuste salarial. A categoria pede aumento de 30,18 por cento, para compensar falta de correções desde 2008. Segundo a entidade, há 10.500 auditores fiscais em atuação atualmente no Brasil. Procurada, a Receita Federal disse que não vai comentar o protesto.
(com agência Reuters)
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