A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (28) 18 suspeitos de integrar uma quadrilha que compartilhava arquivos de pornografia infantil pela internet. A informação é preliminar até as 13h e foi divulgada pela assessoria da superintendência da PF no Rio Grande do Sul.
A operação "DirtyNet" (internet suja), como foi denominada, é realizada nesta quinta pela PF em 11 estados e no Distrito Federal. Os mandados de prisão a serem cumpridos eram 15, mas o número já foi ultrapassado devido a prisões em flagrante efetuadas durante as buscas, segundo explicações da assessoria. De busca e apreensão são 50 mandados.
As prisões realizadas até as 13h ocorreram no Ceará (um radialista foi preso em Fortaleza), no Rio Grande do Sul (duas em Porto Alegre, uma em Esteio e duas em Santa Maria), Minas Gerais (duas em Uberaba e uma em Ouro Fino), Paraná (uma em Foz do Iguaçu), São Paulo (uma na capital), Rio de Janeiro (duas na capital), e Espírito Santo (uma na Grande Vitória). Não foi divulgado onde foram presos outros quatro suspeitos.
A PF começou a monitorar a quadrilha há seis meses através de redes privadas de compartilhamento de arquivos. Os suspeitos atuavam no anomimato. Os arquivos compartilhados pela quadrilha continham cenas de adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual.
Os policiais identificaram também na rede relatos de outros crimes contra crianças, como uma menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
Os policiais identificaram também na rede relatos de outros crimes contra crianças, como uma menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
"São lesões corporais cometidas contra crianças no meio de fantasias sexuais macabras, inclusive com extração de pedaços, e relatos abomináveis. Do que já chegou para mim, é o que eu vi de pior", disse a delegada.A operação surgiu após uma informação recebida em uma ação anterior realizada pela PF, a "Caverna do Dragão", em que se descobriu que um dos investigados fazia parte de uma rede de pedofilia com 160 pessoas, segundo a delegada Diana Kalazans Mann.
Dentre os membros do grupo, 97 eram do exterior e 63 do Brasil. Só integrava a rede quem era convidado, necessitando de aprovação, diz a delegada.
As fotos não eram vendidas, mas trocadas entre os usuários. Todas as imagens eram de crianças até 12 anos.
Os brasileiros investigados compartilhavam material de pornografia infantil com usuários da internet de outros 34 países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
Através da Interpol, a PF alertou os países envolvidos sobre o caso para continuar as investigações.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Santa Maria (RS), Belo Horizonte, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Divinópolis(MG), Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Guaíra (PR); Fortaleza (CE); Natal (RN); Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu (RJ); São Paulo, Santos, São José dos Campos e Piracicaba (SP); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís do Maranhão (MA); Vitória (ES) e Brasília (DF).
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