Frontier tem motor aperfeiçoado e S10 é renovada; modernidade vence.
Acabamento interno traz capricho da Chevrolet; Nissan fica para trás.
Passada a febre dos “pôneis malditos”, polêmica campanha publicitária já esquecida no Brasil, o G1 avaliou a nova Nissan
Frontier, dona da famigerada propaganda e de cavalos a mais, com a
totalmente renovada Chevrolet S10, que entra em nova geração após 16
anos de liderança no mercado nacional. Visualmente, a briga é boa, já
que as duas transmitem a sensação de carro resistente, bruto, porém
jovem. Embora empatem na categoria “estética”, na hora de usar o veículo
nas condições reais às quais uma picape se propõe, a já clássica S10
vence a queda de braço.
O primeiro ponto que ela ganha à frente da “fortona” japonesa começa ao
entrar no carro. A qualidade dos materiais utilizados pela GM na S10 é
nitidamente superior, seja pela rigidez das peças plástica, texturas e
desenho, seja pelos encaixes das partes. A Frontierx é rústica, enquanto a S10 se renovou e vem como uma picape que honra o quanto você paga nela (veja tabela comparativa acima).
Já a posição de dirigir é confortável nos dois modelos. A diferença entre as duas, é que a S-10 passa a sensação de ser uma picape maior do que é realmente. Com o corpo mais alto, fica mais fácil ver obstáculos pelo caminho, especialmente quando ela vai para a lama. Mas não que isso desqualifique a Frontier. Pode-se dizer que são sensações distintas ao dirigir.
O ronco do motor a diesel é barulhento na Frontier - o isolamento acústico da S10x é bem melhor. A direção da picape da Chevrolet é mais leve e permite manobras mais “confortáveis” — nas duas picapes a direção é hidráulica. Por outro lado, a suspensão da Frontier passa de forma mais “firme” pelas irregularidades das vias, mas isso porque o ajuste das molas e na calibração dos amortecedores do conjunto da suspensão é mais rígido. Mas a cabine não é tão afetada pela trepidação.
Já na S10, embora a suspensão deixe o modelo mais estável para uma picape (bem perceptível nas curvas em asfalto), as irregularidades são passadas para a cabine, que chacoalha mais.
Entre itens que faltam e itens que sobram, nenhuma das duas têm sensor de estacionamento. Ou seja, ter a noção da distância da caçamba para um objeto estático, seja um carro, um poste ou mesmo uma pessoa é difícil. Já a peça que “sobra” está na Frontier, que ainda tem antena do sistema de som fincada sob o capô. Um modismo necessário na década de 1990, mas que hoje não dá para entender ainda existir, pois só atrapalha ao passar por galhos de árvores, por exemplo.
Na lama, o comportamento das duas é satisfatório e cumpre a proposta de picape média a diesel com tração 4X4. A Frontier Attack está agora com 190 cavalos de potência e 45,8 kgfm de torque, marcas 32% e 26% maiores, respectivamente, em relação à linha anterior. Já a S-10 LTZ tem motor 2.8 de 180 cv e 47,9 kgfm de torque. As duas ficam “à vontade” nas subidas íngremes e cheia de pedregulhos.
Os sistemas 4X4 também funcionam de forma semelhante. Tanto a Frontier quanto a S10 oferecem tração Shift-on-the-Fly, para as situações “fora de estrada”, e dispensam o uso de alavancas. Com ela, a tração 4×4 pode ser facilmente acionada por meio de um botão no painel, com o carro em movimento a até 80 km/h.
O ângulo de ataque da Frontier é de 32°, enquanto o de saída é de 24°. A capacidade máxima de subida de rampa é de 39° e a altura livre do solo é de 22 cm. As versões Attack contam de série de pneus de uso misto, que aumentam a capacidade fora de estrada. No caso da S10, com uma altura de 22,5 cm em relação ao solo, ela consegue um ângulo de passagem de 25,7°. Seu ângulo de ataque é 30,7° e o de saída é de 16,1°.
Já a posição de dirigir é confortável nos dois modelos. A diferença entre as duas, é que a S-10 passa a sensação de ser uma picape maior do que é realmente. Com o corpo mais alto, fica mais fácil ver obstáculos pelo caminho, especialmente quando ela vai para a lama. Mas não que isso desqualifique a Frontier. Pode-se dizer que são sensações distintas ao dirigir.
O ronco do motor a diesel é barulhento na Frontier - o isolamento acústico da S10x é bem melhor. A direção da picape da Chevrolet é mais leve e permite manobras mais “confortáveis” — nas duas picapes a direção é hidráulica. Por outro lado, a suspensão da Frontier passa de forma mais “firme” pelas irregularidades das vias, mas isso porque o ajuste das molas e na calibração dos amortecedores do conjunto da suspensão é mais rígido. Mas a cabine não é tão afetada pela trepidação.
Já na S10, embora a suspensão deixe o modelo mais estável para uma picape (bem perceptível nas curvas em asfalto), as irregularidades são passadas para a cabine, que chacoalha mais.
Versões topo de linha da Frontier (acima) e S10 disputam o segmento das picapes médias a diesel
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Entre itens que faltam e itens que sobram, nenhuma das duas têm sensor de estacionamento. Ou seja, ter a noção da distância da caçamba para um objeto estático, seja um carro, um poste ou mesmo uma pessoa é difícil. Já a peça que “sobra” está na Frontier, que ainda tem antena do sistema de som fincada sob o capô. Um modismo necessário na década de 1990, mas que hoje não dá para entender ainda existir, pois só atrapalha ao passar por galhos de árvores, por exemplo.
Acabamento interno da S10 (acima) é mais caprichado (Foto: Divulgação)
Na terraNa lama, o comportamento das duas é satisfatório e cumpre a proposta de picape média a diesel com tração 4X4. A Frontier Attack está agora com 190 cavalos de potência e 45,8 kgfm de torque, marcas 32% e 26% maiores, respectivamente, em relação à linha anterior. Já a S-10 LTZ tem motor 2.8 de 180 cv e 47,9 kgfm de torque. As duas ficam “à vontade” nas subidas íngremes e cheia de pedregulhos.
Os sistemas 4X4 também funcionam de forma semelhante. Tanto a Frontier quanto a S10 oferecem tração Shift-on-the-Fly, para as situações “fora de estrada”, e dispensam o uso de alavancas. Com ela, a tração 4×4 pode ser facilmente acionada por meio de um botão no painel, com o carro em movimento a até 80 km/h.
Chevrolet S10 ganha comparativo por estar mais moderna e com acabamento superior (Foto: Divulgação)
As duas picapes possuem ainda seletor de tração (4×2, 4×4 e 4×4) com
reduzida, sendo o último indicado para superar terrenos excessivamente
irregulares, arenosos ou lamacentos. O sistema 4X4 da S10 é totalmente
novo.O ângulo de ataque da Frontier é de 32°, enquanto o de saída é de 24°. A capacidade máxima de subida de rampa é de 39° e a altura livre do solo é de 22 cm. As versões Attack contam de série de pneus de uso misto, que aumentam a capacidade fora de estrada. No caso da S10, com uma altura de 22,5 cm em relação ao solo, ela consegue um ângulo de passagem de 25,7°. Seu ângulo de ataque é 30,7° e o de saída é de 16,1°.
Nissan Frontier tem boa suspensão, visual mais agressivo, mas perde pela idade (Foto: Divulgação)
Martelada finalO perfil do consumidor brasileiro
mudou de forma geral com a estabilidade econômica do país e aumento da
renda, o que inclui as picapes médias, usadas tanto para passeios
off-road quanto para o transporte de equipamentos e mercadorias. Quem
compra picape hoje, no Brasil, procura um carro versátil, apesar do
tamanho e que tenha um acabamento superior, mais caprichado. Afinal,
picapes médias não são nada baratas: a S10 LTZ a diesel sai por R$
130.840 e a Frontier LE Attack sai por R$ 119.890. A GM entendeu isso e
deu um belo tratamento ao seu líder de vendas na categoria. A Nissan
perde tempo, embora a Frontier ainda seja um bom utilitário.
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