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terça-feira, 7 de julho de 2009

Confirmado sexto caso de gripe suína no Ceará

Sobe para seis o número de casos confirmados da Influenza A (H1N1) no Ceará. Ontem de manhã, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) recebeu mais uma confirmação do Ministério da Saúde (MS). Trata-se de um homem de 38 anos infectado durante uma viagem ao Chile.Novos casos podem surgir ainda esta semana no Estado. A Sesa aguarda os resultados dos exames de secreção realizados em 13 pacientes que apresentaram os sintomas da nova gripe e foram atendidos no Hospital São José, em Fortaleza.Outros 11 casos já foram descartados desde o início da doença este ano, de acordo com o presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A e coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca.Dos casos de Influenza A já confirmados no Ceará, desde o início do aparecimento da doença no Brasil, quatro são mulheres e dois são homens, com idade entre 19 e 38 anos. “Essas pessoas fizeram a coleta de material e foram medicadas, esse procedimento agora só é feito em pacientes com sintomas graves ou em grupos de risco (como bebês, idosos e pessoas imunodeprimidas)”, ressaltou Fonseca. O Ministério da Saúde anunciou a mudança no sistema de tratamento dos casos suspeitos de infecção pelo vírus influenza A, na sexta-feira passada, para evitar que o vírus se torne mais resistente. “O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, decidiu tratar a Influenza A como uma gripe comum, já que 99,4% dos casos no Brasil apresentam sintomas leves e alguns moderados. Só houve um caso grave, que veio a óbito”, acrescentou.Na visão de Manoel Fonseca, a medida ministerial evita que pacientes com quadro leve e moderado sejam atendidos no Hospital São José. “Essas pessoas devem ir a um posto de saúde ou pelos planos de saúde. Contudo, se o quadro complicar, com sinais de pneumonia ou infecção respiratória, essas pessoas devem ir ao Hospital São José”, ressaltou.Com o novo protocolo de tratamento, “a notificação dos casos de gripe suína vão depender da boa vontade das pessoas que atenderem os pacientes com sintomas leves. A Sesa só vai tomar conhecimento dos casos moderados e graves”, revela o presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A no Ceará.O diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, ficou satisfeito com a decisão do ministro José Gomes Temporão. O infectologista é favorável que apenas os casos muito sintomáticos sejam investigados.ModeraçãoCom a mudança, “as doenças severas terão um bom acompanhamento, o que seria impossível se o número de casos aumentar muito”, avalia. Ele também acha que a medicação deve ser dada apenas as pessoas com sintomas graves e aquelas com risco de desenvolver a doença. INFLUENZA AObesidade pode ser um fator de risco para a doençaA obesidade é um fator de risco para complicações clínicas da gripe A (H1N1), de acordo com um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês). Segundo o órgão, pessoas com doenças cardíacas, deficiências imunológicas, diabetes e grávidas também correm mais risco, se contaminadas, do que a população em geral.O CDC analisou pacientes hospitalizados com a gripe suína no estado da Califórnia, durante o mês de maio. A epidemiologista responsável pelo estudo, Anne Shuchat, ficou surpresa com a quantidade de pacientes obesos entre o número dos casos de gripe A considerados como graves.O diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, afirmou que ainda é cedo para o Brasil fazer esse tipo de análise sobre os pacientes que contraíram a gripe suína. Contudo, ele admite que as pessoas obesas têm mais chances de ter o quadro clínico agravado em decorrência de outras doenças. Destacou ainda que, no início dos casos no Brasil, o Ministério da Saúde já havia classificado obesos e grávidas no grupo de pessoas com risco de desenvolver o tipo grave da doença, caso sejam infectados.

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