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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quatro países registram resistência ao medicamento usado para tratar gripe suína

Japão, China, Canadá e Dinamarca apresentaram registros de resistência ao tamiflu, medicamento usado no tratamento da gripe suína --como é conhecida a influenza A (H1N1). Devido a isso, o Ministério da Saúde adverte as pessoas não se automediquem. "É um sinal de alerta que mostra que o medicamento tem que ser usado com precaução. O tratamento com antiviral é para pessoas que apresentam fator de risco", disse o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.
Um erro técnico levou o Ministério da Saúde a corrigir o número de mortos devido à gripe suína no Brasil nesta sexta-feira. O número correto é de 29 mortos e não 34 segundo divulgado nesta quinta-feira. No ranking mundial de mortes por gripe H1N1, o Brasil aparece atrás de outros países da América do Sul. No Chile, que lidera o número de mortalidade na região, são 0,40 mortos para cada 100 mil habitantes. Na Argentina, esse número cai para 0,34. No Brasil, são 0,015 mortos para cada 100 mil habitantes.
Hage explicou que os sintomas e o tratamento das pessoas que apresentam a gripe H1N1 e a gripe comum é exatamente o mesmo. Segundo ele, são considerados graves apenas os casos em que as pessoas apresentam dificuldade de respirar e febre acima de 38 graus. "Não há distinção comprovada entre o quadro clínico de H1N1 e da gripe sazonal", afirmou.
Entre os 1.566 casos de Influenza H1N1 contabilizados pelo Brasil, 222 são considerados graves. Em termos proporcionais, 57% dos contaminados são mulheres e 60% dos casos ocorrem em jovens e adultos entre 20 e 49 anos.
O Ministério da Saúde ainda recomendou que estudantes, principalmente das regiões Sul e Sudeste, que apresentarem quadro de gripe, febre alta, dores no corpo e dificuldade para respirar, não retornem às aulas. A recomendação vale também para professores, diretores e pessoas que trabalham em escolas.
"O ambiente fechado facilita a transmissão", disse Hage, Ele acrescentou, no entanto, que estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa mostram que suspender as aulas não impede a circulação do vírus. "É apenas uma medida para as próprias crianças", completou.

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