O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta sexta-feira que mais 19 casos de gripe suína --a gripe A (H1N1)-- foram confirmados no Brasil. Com isso, o número de pessoas infectadas sobe para 756.
Os novos casos foram confirmados em São Paulo (7), Minas Gerais (6), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Mato Grosso do Sul (1). De acordo com o governo, a maioria dos infectados no país, desde 8 de maio, já recebeu alta ou está em processo de recuperação.
O governo informou que 1.414 casos suspeitos são monitorados no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o governo vai fazer um "uso racional" dos medicamentos para contenção da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1).
"A medida do governo brasileiro [de restringir a internação e medicação a pessoas imunodeprimidas, idosos e crianças com menos de 2 anos, tomada na semana passada] revelou-se extremamente acertada. A medicação desnecessária pode levar a uma resistência ao vírus, como já ocorreu em três países, Dinamarca, Japão e Hong Kong", afirmou.
A nova orientação do governo é que as pessoas procurem os centros de saúde normalmente e não os hospitais de referência. "Precisamos garantir que existam leitos disponíveis para os que realmente precisam. Se for necessário, essas pessoas serão encaminhadas aos hospitais de referência."
"Começa a haver sinais de muito tempo de espera em muitos hospitais de referência. Essa pessoa poderia estar sendo atendida muito mais rapidamente em um centro mais perto de sua casa", afirmou Temporão.
O ministro faz um balanço desde 24 de abril. Segundo ele, nas últimas semanas, houve um aumento na procura pelos 68 hospitais de referência, nos quais há 900 leitos para internação de pacientes contaminados pelo vírus da gripe que evoluem com gravidade.
Temporão explicou que embora seja uma doença nova, o comportamento (transmissão e letalidade) da Influenza A se aproxima muito ao da gripe comum. "Quando leva a morte, é devido a alguma complicação. A maioria [dos contaminados] tem sintomas leves a moderados, evoluindo para cura."
Na última semana, subiu o número de casos autóctones, para 30% do total. Há três semanas, eram 6%. "O vínculo epidemiológico está em todos os casos, não há circulação do vírus no Brasil."
Estudo realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, citado pelo ministro, concluiu que, das pessoas internadas com suspeita de gripe, 25% tinham a gripe comum; 24%, a gripe suína; e 50% não tinham nenhuma das duas doenças.
Temporão recomendou às pessoas com suspeita de contaminação que procurem centros de saúde mais próximos, como fariam no caso de gripe comum. "A avaliação clínica do médico é que define o que ocorrerá daí para frente."
Além disso, o ministro disse que o governo vai reforçar o monitoramento nas fronteiras secas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu presença em sete pontos na fronteira do Rio Grande do Sul. Além desses, haverá reforço de soldados do Exército em 15 localidades na fronteira do Estado, para orientar as pessoas que a atravessam.
"Não é um lugar de detenção das pessoas com algum tipo de sintoma", afirmou Jorge Hage, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica. "Se alguém tiver um sintoma, imediatamente vai ser encaminhado a algum serviço de saúde.Nova gripe já provoca impacto na economia da Argentina.A epidemia de nova gripe na Argentina fez disparar as vendas de remédios e produtos preventivos, que estão praticamente esgotados. O comércio e o turismo já começam a sentir os efeitos da doença, que podem provocar perdas milionárias, segundo analistas.
A economia argentina já vinha sofrendo o impacto da crise global e do conflito rural no ano passado, mas o vírus da gripe promete aprofundar os danos, que aparentemente aumentaram nos últimos dias, depois das eleições legislativas de domingo.
Segundo cálculos de diversos economistas, independentemente da crise global e das questões internas, a economia argentina poderia contrair entre 0,3% e 0,9%, apenas por causa da gripe, com perdas que poderiam chegar até 30 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 7,875 bilhões).De acordo com a federação que representa lojas e shoppings da Argentina, a queda no comércio será de 10% a 25%, afirmou o dirigente.
O "efeito gripe" também foi sentido em bares e restaurantes, onde as mesas foram separadas e já há uma restrição do número de talheres em uso. Ainda assim, houve uma queda de 40% na atividade.
Em cinemas, teatros e discotecas houve queda de 50% a 70% de presença.
As agências de turismo preveem que a atividade sofrerá uma queda de 15% a 30%, particularmente pela diminuição de visitantes estrangeiros, que já vinha acontecendo por causa da crise global.
Casos
O novo ministro argentino da Saúde, Juan Manzur, disse nesta sexta que o número de contaminados pela gripe no país pode chegar a 100 mil. Por enquanto, apenas cerca de 2.800 casos foram confirmados por análises de laboratório. O ministro acompanhou a presidente do país, Cristina Kirchner, a uma visita a um hospital público em Buenos Aires.
Ele confirmou que, até agora, a doença já matou 44 pacientes. Há outras mortes que estão sendo investigadas.
Manzur assumiu no lugar da ex-ministra Graciela Ocaña, que renunciou na última segunda-feira.
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