
Responsabilidade
Julio Cesar Rando da Costa - paranaense que possui passaporte português fundou a Worldwide Biorecyclables, que entrou em falência neste ano. Em seguida, ele criou a UK Multiplas Recycling, que opera no mesmo local, em Swindon. Ele alega que sua empresa faz apenas a prensagem de plástico recolhido por empresas britânicas e exporta a sucata para o Brasil. Ele diz que a responsabilidade por qualquer outro material que tenha chegado ao Brasil seria das fornecedoras britânicas. Costa ainda afirmou não ter sido procurado pelo Ibama ou pelo governo brasileiro. "Se tem qualquer coisa lá dentro que não é plástico, eu tenho contrato com a fornecedora britânica de lixo no qual está escrito que é só plástico que eles têm que passar para a gente", disse Costa à BBC Brasil, nesta sexta-feira, por telefone. "É o pessoal das casas que joga [o lixo] das suas casas na caçamba aqui na Inglaterra. Alguém pode ter jogado alguma coisa lá no meio que o funcionário deles não viu." "Já teve vez que encontramos galão de tinta cheio, galão de veneno para passar na grama (pesticidas), então eles [os funcionários de Costa] tiravam fora e reclamavam à empresa [fornecedora] para que eles não deixassem acontecer isso." Costa afirma que os clientes brasileiros nunca reclamaram da sucata de plástico exportada para o país. "Lá no Brasil as empresas que importavam diziam: 'Júlio, não tem problema', porque nós não fabricamos nada para [embalagem de produto] comestível.' O que é reciclado lá é usado para outras coisas, como caixaria, mangueira, outras coisas - então não tem problema. Lá eles tinham um pessoal que fazia rastreamento, separava tudo na mão."
Brinquedos

Costa confirma a informação e diz que foram os funcionários brasileiros da sua empresa que escreveram o bilhete.
"Não eram brinquedos sujos. Como aqui o povo da Inglaterra joga muita coisa boa fora, eles [os funcionários de Costa] pegaram um monte de bolas novas e boas que vinham, pegaram brinquedos esses carrinhos de controle remoto bons -e colocaram separados em um buraco que veio em um contêiner. Mas é plástico limpo. E eles colocaram separado no contêiner. Eles mandaram para ser consertado e dado para crianças lá no Brasil."
Punições
O Ibama informou, por meio de uma nota oficial, que está estudando a possibilidade jurídica de aplicar sanções às empresas britânicas responsáveis pela exportação dos resíduos. As empresas brasileiras responsáveis pela importação do lixo ao Brasil já foram autuadas e receberam multas que chegam a R$ 408 mil. O Ibama agora prepara um laudo que será enviado ao Ministério das Relações Exteriores e, em seguida, ao Secretariado da Convenção de Basileia, que decidirá sobre as eventuais punições. Tanto o Brasil como a Grã-Bretanha são signatários da Convenção de Basileia, que regulamenta o transporte internacional de resíduos tóxicos.
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