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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estado investirá no atendimento à gestante

O Ceará não tem nenhum caso de gestante infectada pelo vírus H1N1, entre os 49 casos confirmados da doença. Como o risco de óbito é maior entre as mulheres grávidas, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) promoverá, no próximo dia 15, seminário para 250 médicos da rede estadual, a fim de debater os cuidados com as grávidas e os recém-nascidos contra a Influenza A.A Sesa confirmou, ontem, mais três casos da gripe suína no Ceará, sendo dois em Quixadá e um na Capital. Com as novas ocorrências, Fortaleza já tem 46 pessoas com a doença e Quixadá, no Sertão Central, três. “Os dois casos em Quixadá foram confirmados por diagnóstico clínico epidemiológico, não por exame, enquanto o caso novo em Fortaleza é em uma criança de nove meses, que pegou do pai que viajou para Brasília. O exame do pai ainda não veio, mas se o filho está doente, certamente dará positivo”, esclarece o presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A, médico Manoel Fonseca.Participarão do seminário as 31 maternidades pólos do Estado e ginecologistas e obstetras associados à Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia. O evento será no Hotel Mareiro (Avenida Beira-Mar, 2380), das 8 às 12 horas.“Estamos nos antecipando antes que apareçam casos em gestantes cearenses”, afirmou Fonseca. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, as gestante aparecem com 17,6% do total de mortes confirmadas no País pelo vírus H1N1.O coordenador da Saúde da Mulher da Sesa, o médico ginecoobstetra Garcia Souza Neto, disse que a mortalidade na gestação é causada pelas complicações fisiológicas, devido à sobrecarga respiratória pela compressão pulmonar, que o feto faz no último trimestre da gravidez, como também pela diminuição da função pulmonar por conta da compressão uterina, dificultando a respiração.“A mulher grávida que apresentar infecção pelo vírus H1N1 pode agravar esse quadro, tornando-o patológico. Por causa dessas complicações, já tem nove óbitos no País”.Garcia Neto orienta que se a gestante identificar os primeiros sintomas da gripe suína (febre de 39 graus, dor de cabeça intensa, cansaço extremo, tosse seca e contínua, entre outros) deve ir ao médico. “Os médicos não devem banalizar os casos de gripe em gestantes e intensificar os cuidados com a higiene”, recomenda o coordenador. Ele diz que é fundamental que o médico identifique se o caso da gestante é de gripe suína ou de gripe comum.“Não queremos que haja uma correria aos postos, nem aos hospitais. Isso iria acarretar um maior número de infecções, como aconteceu no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Sem orientação a população correu para os hospitais, isso só fez agravar. A população não será dessasistida, mas trabalhar muito a questão da higiene e evitar mortes”, finalizou.

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