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sábado, 15 de agosto de 2009

Paraná tem a maior mortalidade do país

A taxa de mortalidade causada pela gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, no Paraná chegou a níveis semelhantes aos registrados no Uruguai e na Argentina. Os dois lideram a lista de países onde a nova gripe mais causou mortes, considerada a proporção populacional. No entanto, especialistas dizem que a gripe começa a causar menos vítimas no estado.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), o número de mortes causadas pela gripe A chegou a 79, o que resulta numa taxa de mortalidade de 0,74 para cada grupo de 100 mil habitantes. Na Argentina, essa taxa é de 0,83, enquanto no Uruguai é de 0,65, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no relatório do dia 12, o último disponível.Em todo o Brasil, a taxa é de 0,09 por 100 mil habitantes. O índice registrado no Paraná também é o mais alto do Brasil. O Rio Grande do Sul apresentou taxa de 0,64. São Paulo e Rio de Janeiro registram 0,27 e 0,19, respectivamente.
O diretor-geral da Sesa, André Pegorer, evita comparar a situação da gripe A no Paraná com a de outros estados. Ele explica que cada localidade está em um momento diferente da pandemia. No Paraná, os números de casos e óbitos pela nova gripe estariam evoluindo de forma rápida porque os exames são processados no próprio estado. “O Paraná foi o primeiro estado a obter autorização do Ministério da Saúde para fazer no próprio estado o diagnóstico laboratorial”, afirma. “Hoje o estado tem um retrato imediato da nossa situação.”
Desde o fim de julho, o La­­boratório Central do Estado (Lacen) está analisando os exames da nova gripe, que levam dois dias para ficar prontos. Uma média de 250 exames é processada diariamente. Pegorer explica que, antes da certificação do Lacen, as amostras eram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Os resultados levavam cerca de 10 dias para chegar ao estado e cerca de 200 amostras do Paraná devem estar ainda na Fiocruz aguardando análise, segundo o diretor-geral.
Já os exames de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, afirma Pe­gorer, continuam sendo enviados para a Fiocruz. Segundo ele, o Rio Grande do Sul deve começar agora a processar exames no próprio estado. “A realidade do Paraná é a realidade do dia. É natural que nossos números tenham evolução mais rápida”, aponta.
Para o presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, Alceu Fontana Pacheco Júnior, os números mostram a realidade da doença. “A Região Sul, com exceção de Santa Catarina, tem o clima muito parecido com o da Argentina e do Uruguai. Isso não ocorre no Nordeste. Ou a pandemia ainda não chegou lá, ou não vai ficar como foi para nós”, diz. Pacheco Júnior ressalta que os óbitos já ocorreram, e que hoje Curitiba – cidade que concentra a maioria das mortes por gripe A no Paraná – vive outro momento epidemiológico. “Se analisarmos as mortes ao longo do tempo, poucas ocorreram nessa última semana. O número de atendimentos de casos de gripe, internações e encaminhamento para UTI [Unidade de Terapia Intensiva) diminuíram muito”, diz.
De acordo com o infectologista Moacir Pires Ramos, membro do Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Influenza A, houve uma redução de 40% de atendimentos por queixas de gripe no sistema de saúde de Curitiba, além de quedas nas internações. “A conscientização das pessoas, a suspensão das aulas para chegarmos mais perto do calor, o sistema de saúde mais estruturado e a flexibilização do Tamiflu reduziram a velocidade da disseminação do vírus”,diz. População já pode acessar site do governo do Paraná sobre gripe suína - Está disponível a partir de hoje (13), para a população do Paraná, uma página especial na internet (www.novagripe.pr.gov.br) com todas as informações oficiais sobre a influenza A (H1N1) – gripe suína. Em nota, o governo do estado informa que a página é mais uma ferramenta para passar informações corretas às pessoas, neste momento em que a desinformação é um dos aspectos mais graves da doença. A administração da página ficará a cargo da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde.As notícias serão atualizadas em tempo real, com informações de diversas fontes. Trará também boletim atualizado sobre os casos registrados no estado e uma sessão exclusiva com mitos e verdades sobre a doença.As secretarias estaduais que tenham algum envolvimento com a nova gripe também vão ter espaço na página, assim como telefones de contato para a imprensa, população, comunidade médica e autoridades públicas.Profissionais da área da saúde poderão acessar os formulários para a dispensa de medicamentos, ficha de investigação da doença e protocolo de manejo clínico e de vigilância epidemiológica. E ainda ficha de monitoramento diário de doenças respiratórias agudas, fluxo de atendimento de casos suspeito e de notificações, recomendações às centrais de leito, encaminhamento aos hospitais de referência e de retaguarda, além de recomendações da atenção básica.O protocolo do Ministério da Saúde, que trata do combate à influenza A (H1N1) – gripe suína e orientações sobre procedimentos adotados nos casos de isolamento também podem ser encontrados na página.

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