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sábado, 15 de agosto de 2009

Fortaleza já tem mais de 2,5 mi de habitantes

A população de Fortaleza chega a 2.505.552 habitantes este ano, segundo estimativa anunciada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No rastro do crescimento populacional de 2000 a 2009, a quinta capital do País e a segunda entre as metrópoles nordestinas convive com mais de 50 mil pessoas morando em áreas de risco e um déficit habitacional de cerca de 150 mil unidades, afirmou a ex-presidente da Federação de Bairros e Favelas, por dois mandatos, Eliane Gomes, hoje parlamentar.No ranking regional, Fortaleza ainda fica atrás de Salvador, com estimativa de 2,9 milhões de habitantes. Em nove anos, a Capital cearense registrou um aumento populacional de 17%, correspondendo a 364.150 novos moradores da terra do sol. Esse contigente que passou a residir na cidade este ano supera até mesmo a população prevista, pelo IBGE, para o município de Caucaia, de 334.364 pessoas.Para o secretário Municipal de Planejamento e Orçamento (Sepla), Alfredo Pessoa, a posição de Fortaleza no ranking de população das metrópoles nacionais, “implica elevada pressão sobre a oferta de serviços e infra-estrutura urbana do município”. Por outro lado, acrescenta, o rápido envelhecimento da população, por exemplo, exigirá uma reorientação das políticas públicas através de programas de atenção à terceira idade no futuro próximo.Atualmente, a maior pressão de pessoas em idade ativa(PIA), faz da equação do mercado de trabalho a mais complexa a ser enfrentada. Contudo, “todas essas estimativas terão que ser confirmadas no Censo demográfico de 2010, quando teremos dados mais precisos e espacializados para a cidade de Fortaleza”, concluiEm 2009, o Brasil tem 191,5 milhões de habitantes espalhados pelas suas 27 unidades da federação e 5.565 municípios. São Paulo é o município mais populoso, com 11 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,2 milhões). PROBLEMA POPULACIONAL-Concentração urbana nas capitais.A tendência de concentração populacional é um problema generalizado nas grandes metrópoles brasileiras. “Não há uma distribuição equilibrada da população no território cearense”, revela o professor de Sociologia Urbana da Universidade de Fortaleza (Unifor), Eduardo Gomes Machado. Segundo ele, as variáveis famílias e domicílios, gera um conjunto de necessidade que exigem recursos humanos, tecnológicos, sociais, lazer, habitação.A problemática das capitais brasileiras deve ser avaliada sobre três aspectos. O primeiro apontado pelo sociólogo urbano é a necessidade do Estado brasileiro se qualificar para atender as demandas da população. “Isso afeta tanto as metrópoles, as grandes, médias e pequenas cidades. Ou seja, um pequeno município, com cerca de 6 mil habitantes, é o caso de General Sampaio (6.654)- também tem concentração na zona urbana”, revela o professor.Na visão de Eduardo Machado, só vai conseguir quebrar a concentração em Fortaleza, se as políticas públicas forem direcionadas para os outros municípios do Estado, com objetivo de “acabar ou, pelo menos, reduzir o processo de migração para a Capital cearense”, explica o sociólogo urbano.O segundo ponto relaciona-se com a intergovernamentabilidade. Para o sociólogo, a gravidade e complexidade dos problemas urbanos exige ações articuladas nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal). “Nenhum nível hoje tem condições de atender as necessidades da população”, critica o sociólogo.Por último, ele aponta a necessidade de qualificação do Estado, sob a ótica intersetorialidade. Ou seja, a percepção da espacialização da população. “As comunidade têm necessidades iguais, mas vemos ações isoladas. É preciso unificar as políticas setoriais, hoje falta articulação”, finaliza.

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