O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu ontem uma ajuda de US$ 847 milhões para a construção de bases militares com o intuito de defender a região separatista da Abkházia, numa visita surpresa que, segundo a Geórgia, aumentou as tensões na região do Cáucaso. A Abkházia é um território da Geórgia com intenções separatistas. A região pretende se unir à Rússia e já foi palco de conflitos entre Moscou e Tblisi.
A visita de Putin ao enclave ressalta o crescente apoio de Moscou às regiões rebeldes depois que tropas russas repeliram uma tentativa da Geórgia de retomar a Ossétia do Sul numa guerra de cinco dias encerrada em 12 de agosto de 2008.
As tensões aumentaram ao longo da fronteira de fato entre as regiões e a Geórgia propriamente dita, suscitando preocupações de que outro conflito pode ser iniciado.
– Com a atual liderança georgiana, não se pode descartar nada – disse Putin numa entrevista a jornalistas abkhazes, quando questionado se haveria uma repetição da guerra do ano passado.
A Geórgia disse que a viagem de Putin foi uma provocação direta que aumentaria as tensões no Cáucaso, uma rota estratégica para o fluxo de petróleo e gás provenientes do Mar Cáspio.
“A visita de Putin ao território ocupado de um país soberano é uma provocação, e segue a tradição dos serviços secretos soviéticos”, declarou por escrito o Ministério das Relações Exteriores da Geórgia, referindo-se à formação de Putin, ex-oficial da antiga KGB, a polícia secreta soviética.
O ministério informou ainda que a viagem era “outra tentativa de desestabilizar a situação e aumentar a tensão na região do Cáucaso”.
O restante do mundo – com a exceção da Nicarágua – considera a Abkházia e a Ossétia do Sul como partes da Geórgia, embora a Rússia tenha enviado milhares de soldados às regiões e mantenha bases militares em ambos os enclaves.
A Ucrânia também protestou contra a visita de Putin e acusou a Rússia de ter “complexos imperialistas”.
A declaração veio depois que o presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou que os governantes ucranianos se comportam de maneiras “antirrussas”.
– Infelizmente, a jovem direção russa é refém de antigos complexos imperialistas que a levam a apreciar a imagem de um inimigo externo ou a substituir o diálogo de igual para igual por uma linguagem de ofensas e ameaças – afirmou a chefe de gabinete da presidência ucraniana, Vira Uliachenko.
Medvedev anunciou na terçafeira o adiamento por tempo indeterminado do envio de um novo embaixador russo a Kiev em consequência da “evolução antirrussa atual dos dirigentes ucranianos”.
O presidente russo acusou Kiev de vender armas à Geórgia, reclamou das intenções do país de aderir à Otan e de ter iniciado negociações sobre fornecimento de energia à União Europeia de forma unilateral.
– As afirmações de Medvedev provocam indignação e inquietação sobre a tática e a estratégia das autoridades russas – afirmou a chefe de gabinete do governo ucraniano.
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