SELVA

SELVA

PÁTRIA

PÁTRIA

sábado, 1 de agosto de 2009

PF faz ação contra tráfico de mulheres e diz que grupo levava 200 por ano para o exterior

PF (Polícia Federal) prendeu 12 pessoas na Operação Harém para desarticular uma suposta quadrilha que atua no tráfico de mulheres brasileiras para o exterior. Entre os presos estão três americanos. A polícia informou nesta sexta-feira que o grupo levava anualmente 200 mulheres, em média, para o exterior. De acordo com as investigações, que duraram seis meses, as mulheres eram levadas para os Estados Unidos, França e República Dominicana. A PF ainda não sabe há quanto tempo o grupo agia, mas estima que cada mulher gerasse US$ 40 mil por mês --também não se sabe quanto do valor ficava com a quadrilha.
De acordo com a PF, parte das mulheres sabia que trabalharia com prostituição. Outras eram atraídas com falsas promessas de emprego. Elas eram aliciadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio, Minas e Bahia.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, o órgão já está colhendo os depoimentos das mulheres que retornaram ao Brasil. "Para o Brasil, estas mulheres são vítimas", afirmou. Coimbra não soube informar se as brasileiras que continuam nos outros países devem ser extraditadas.
Para a ação, a Justiça expediu 15 mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Foram presas seis pessoas em São Paulo --entre elas um americano detido ontem, quando se preparava para viajar--, três no Rio de Janeiro, uma em Curitiba e duas nos Estados Unidos. Faltam ser cumpridos dois mandados de prisão na República Dominicana e um na França.
A PF informou que foram bloqueadas dez contas bancárias e computadores foram apreendidos para investigação.
Investigação
Segundo a PF, as investigações sobre a quadrilha começaram no Estado do Espírito Santo, onde foi descoberto que mulheres brasileiras e levadas para o exterior, onde eram obrigadas a realizar programas de prostituição. A maior parte das vítimas do golpe eram levadas para Las Vegas, nos Estados Unidos, para trabalharem em cassinos de grande porte.
Durante o processo de investigação, a Polícia Federal brasileira teve a colaboração da Agência de Imigração Americana, ligada ao Serviço Secreto norte-americano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário