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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dissidente chinês deixa embaixada dos EUA em Pequim

Chen Guangcheng ficou seis dias no edifício após fugir de prisão domiciliar

O dissidente Chen Guangcheng, em vídeo divulgado após escapar de prisão domiciliar O dissidente Chen Guangcheng, em vídeo divulgado após escapar de prisão domiciliar  (AFP)
O dissidente chinês Chen Guangcheng abandonou o prédio da embaixada dos Estados Unidos em Pequim após permanecer nele seis dias, informou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin. A informação foi confirmada por um funcionário do governo americano, de acordo com a rede britânica BBC.
Em um comunicado divulgado pela agência de notícias chinesa Xinhua, Weimin destacou que a China exige desculpas dos EUA pelo fato de as autoridades americanas terem permitido a entrada do advogado cego na legação diplomática após ele ter escapado da prisão domiciliar em 22 de abril, mais de um ano e meio depois do ativista ter recebido a pena.
Ainda segundo a agência Xinhua, Chen deixou a embaixada americana "por vontade própria". A fonte dos governo dos Estados Unidos citada pela BBC afirmou que ele foi levado a uma unidade de saúde e iria reencontrar seus familiares.
Denúncias – Chen Guangcheng, de 41 anos e cego desde os cinco, ficou conhecido na década de 1990 por denunciar abortos e esterilizações forçadas em sua província como parte da “política do filho único”. Em 2006, a revista amricana Time o nomeou uma das pessoas mais influentes do mundo e, em 2007, concedeu a ele o prêmio Magsaysay, conhecido como o Nobel Asiático.
Em dezembro de 2010, Chen terminou de cumprir uma condenação por causar distúrbios e atrapalhar o trânsito, mas desde então ele e sua família foram submetidos à prisão domiciliar.  Depois da fuga em 22 de abril, Chen divulgou na internet um vídeo no qual pede ao primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que investigue agressões de policiais a seus familiares, assegure a segurança deles e puna casos de corrupção na China aplicando a lei.    
(Com agência EFE)

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