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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Governo espanhol está "coletando informação" após expropriação de empresa de eletricidade na Bolívia

O presidente de Bolívia, Evo Morales, nacionalizou nesta terça-feira a empresa Transportadora de Eletricidade S.A., gerida por filial do grupo espanhol Rede Elétrica

AFP
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O governo espanhol está "coletando informações" após a decisão do presidente boliviano Evo Morales de nacionalizar a empresa Transportadora de Eletricidade S.A., filial da gestora da rede elétrica espanhola REE, mas já adiantou que se trata de um caso diferente da Repsol. O governo está "coletando informações sobre os aspectos técnicos e os aspectos diplomáticos", afirmaram à AFP fontes governamentais.

O presidente de Bolívia, Evo Morales, nacionalizou nesta terça-feira a empresa Transportadora de Eletricidade S.A., gerida pela empresa Rede Elétrica Internacional, filial do Grupo Rede Elétrica, da Espanha, e ordenou às Forças Armadas sua ocupação. "O presente decreto supremo tem por objetivo nacionalizar a favor da Empresa Nacional de Eletrificação (ENDE), representante do Estado Plurinacional, o pacote acionário em mãos da sociedade Rede Elétrica Internacional na Empresa Transportadora de Eletricidade", afirmou Morales em um ato público no presidencial Palácio Quemado.

O presidente também ordenou às Forças Armadas "para que realizassem as ocupação das instâncias e administração da Transportadora de Eletricidade". A TDE foi fundada em 1997 e possui 73% das linhas de transmissão, segundo sua página oficial na internet na Bolívia. Cerca de 99,94% de seu capital estava em mãos da Rede Elétrica Internacional e 0,06% pertencia aos trabalhadores da empresa, de acordo com a página na web da empresa.

Morales, um descentente indígena de tendência esquerdista, tomou a medida em meio de protestos de sindicatos, que exigem um incremento salarial superior aos 8% oferecidos pelo governo.

Há quinze dias, a Argentina expropriou 51% da petroleira YPF, filial argentina da espanhola Repsol. Contudo, de acordo com as fontes governamentais, a impressão gerada por esse primeiro contato com as autoridades bolivianas indicam que a situação é diferente.

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